Rafael Fonteles buscará marca própria, quer gestão de resultado e geração de emprego

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Com a missão de buscar marca própria, mesmo com “DNA político” de gestões anteriores, Rafael Fonteles assume o governo do estado neste domingo (1º) com o desafio de implantar um modelo de gestão de resultado e melhorar a máquina pública. 

Com estilo considerado “duro”, “nazariano”, mas um político de diálogo, Rafael Fonteles, garante que os eixos estratégicos serão a geração de emprego e renda e melhoria nos serviços públicos. O futuro governador promete gerar mais de 80 mil empregos nos quatro anos de mandato, uma das metas mais ousadas. 

A lista do primeiro escalão do governo Rafael Fonteles contempla representantes de cinco partidos. Há, ainda, 12 indicados que não têm filiação partidária e são da cota pessoal do chefe do Executivo Estadual. 

Os anúncios para o secretariado começaram a ser feitos por Rafael Fonteles ainda no mês de novembro, após a consagração da vitória contra o principal adversário, Sílvio Mendes (União Brasil). Os novos secretários serão oficialmente nomeados para os cargos após a cerimônia de posse de Rafael Fonteles como governador do Piauí em atos na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e Palácio de Karnak. 

No total, o Partido dos Trabalhadores terá a indicação de pelo menos 17 pastas, entre secretarias do primeiro escalão e diretorias. Os outros partidos aliados do governador eleito – o MDB, PSD, Solidariedade e PSB – também indicaram nomes que vão atuar na gestão. 

O MDB ficou com 10 pastas, PSB uma, PSD duas e Solidariedade com uma.

PT: 17 indicações;  Cota pessoal: 12 indicações  MDB: 10 indicações;  PSD: 2 indicações  PSB: 1 indicação  Solidariedade: 1 indicação.

Veja, abaixo, a distribuição dos novos secretários e gestores por partido:

PT

Secretaria de Segurança: Chico Lulas, procurador-geral do Estado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI);  Secretaria de Assistência Social: Regina Sousa, ex-governadora do Piauí e ex-senadora;  Agência de Tecnologia: Ellen Gera, ex-secretário de Educação, servidor público, graduado em Ciências da Computação; Secretaria das Cidades: Maria Vilani, engenheira;  Secretaria de Desenvolvimento Econômico: Jannaina Marques, deputada estadual eleita do PT;  Secretaria de Infraestrutura: Flávio Nogueira Júnior, deputado estadual eleito pelo PT;  Secretaria de Defesa Civil: Igor Neri, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico;  Agência de Desenvolvimento Habitacional: Leonardo Nogueira, ex-diretor do Emater;  Secretaria de Irrigação: Firmino Paulo, deputado estadual eleito pelo PT;  Secretaria de Agronegócio: Fábio Xavier, deputado estadual filiado ao PT; Secretaria de Agricultura Familiar: Rejane Tavares, ex-secretária de Planejamento;  Secretaria de Cultura: Carlos Anchieta, produtor cultural;  Iaspi: Daniela Aita, foi diretora do Hospital do Parque Piauí e auditora Médica do IPMT/ Plante e auditora médica do Plamta. Secretaria Para a Inclusão da Pessoa com Deficiência: Mauro Eduardo, foi gestor da mesma pasta na gestões de W.Dias e Regina Sousa;  Agrespi: Antônio Torres da Paz, foi diretor da ATI;  Secretaria de Mulheres: Zenaide Batista Lustosa Neta; Coordenação da Juventude: Everton Alves Calisto;

MDB

Detran: Luana Barradas, engenheira e superintendente executiva da Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas (Saad Norte) em Teresina;  DER: Leonardo Sobral, advogado, especialista em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); Secretaria de Meio Ambiente: Daniel Oliveira, ex-Secretário de Justiça; Secretaria de Justiça: Carlos Augusto, deputado estadual eleito pelo MDB; Idepi: Felipe de Melo Eulálio, engenheiro;  Secretaria de Turismo: Pablo Santos, deputado estadual eleito pelo MDB;  Secretaria de Mineração: Marllos Sampaio, delegado;  Instituto de Águas e Esgoto: Magno Pires Agespisa: José Santana, deputado estadual filiado ao MDB;  Coordenadoria de enfrentamento as drogas: Maylar Kelly de Sousa;

PSD

Secretaria de Transportes: Jonas Moura, ex-presidente da APPM;  Emater: Antônio Abreu Costa;

PSB

Secretaria de Planejamento: Washignton Bonfim, ex-secretário Municipal de Educação e Planejamento; 

Solidariedade

Fundespi: Josiene Marques Campêlo 

Cota pessoal do governador sem filiação política:

Secretaria de Educação: Washignton Bandeira, ex-juiz do Trabalho  Sesapi: Antônio Luiz, auditor e ex-secretário de Fazenda;  Secretaria de Fazenda: Emílio Júnior, auditor;  Secretaria de Governo: Marcelo Nolleto, advogado, servidor do TRT-PI;  Coordenadoria de Comunicação: Mussoline Guedes PGE: Francisco Pierrot; SeadPrev: Samuel Pontes, doutor em Direito Público;  Junta Comercial: Alzenir Porto, presidente da Federação Nacional das Juntas Comerciais (FENAJU); Investe Piauí: Victo Hugo Almeida, economista; Adapi: Alexandra Soares  Interpi: Rodrigo Ribeiro Cavalcante, servidor público federal e ex-presidente do CRA; Gabinete Militar: João Ricardo Sousa, capitão da PM-PI; 

 

Critério foi a proporcionalidade entre deputados, diz secretário

O futuro secretário de Governo, Marcelo Nolleto, explicou que Rafael Fonteles usou um critério “matemático e político” para definir a divisão das pastas, de modo a contemplar os aliados. Segundo o advogado, o governador eleito organizou a máquina estatal tomando como parâmetro a votação dos deputados estaduais. 

Na Assembleia Legislativa, a maior bancada é do PT/ Federação, seguida por MDB.

“Na visão do governador é a representatividade do povo piauiense. Ele optou por não visualizar somente o partido, mas, a representatividade de cada deputado, é uma dimensão política de maneira proporcional, diluir aquilo que cada secretário representa”, pontuou. 

Marcelo Nolleto também revelou que Rafael Fonteles já fixou as prioridades que exigirá dos secretários: os dois eixos testratégicos são a melhoria de serviços públicos e geração de emprego e renda. 

“Dentro de tudo que vamos perseguir, todos os secretários tem que ter em mente essas metas. Segurança, Saúde e Educação são os mais urgentes, o foco é a melhoria da vida das pessoas, na infraestrutura também, sobretudo nesse período de chuvas, a Defesa Civil terá que ter uma atenção maior”, disse.

Ele seguiu acrescentando que os primeiros 100 dias de governo devem ser dedicados a adequação ao modelo de gestão. Rafael Fonteles quer dedicação máxima do secretariado ao cumprimento do plano de governo.

“Os primeiros 100 dias não tem como ser diferente do que o de adequar a casa, a estrutura de gestão do governador Rafael. É um modelo que leva em conta como norte o plano de governo, aquilo que foi debatido e estabelecido com o povo piauiense”, destacou.  

 

Paula Sampaio redacao@cidadeverde.com