Em nota, procuradora defende promotores do Ministério Público

Após a manifestação dos delegados de Polícia Civil nesta sexta-feira (7) em defesa de Paulo Nogueira, que preside o inquérito do Caso Fernanda Lages na Comissão Investigadora do Crime Organizado - Cico -, o Ministério Público do Piauí divulgou nota sobre a polêmica divergência entre promotores e os responsáveis pela investigação. Thiago Amaral/Cidadeverde.comProcuradora Zélia Saraiva Lima divulgou notaA Procuradora Geral de Justiça, Zélia Saraiva Lima, defendeu os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, dizendo que "em nenhum momento (...) pautaram suas ações visando projeção midiática". Os promotores sugeriram que o delegado deveria se afastar do caso por ter se desfiliado recentemente do PMDB, partido que teria uma pessoa influente possívelmente envolvida na morte da estudante. Fernanda Lages tinha 19 anos e teve seu corpo achado nas obras da futura sede do Ministério Público Federal. Sobre a divergência, a procuradora diz na nota: "é bom que se esclareça que o Ministério Público procurou sempre atuar com respeito, mas mantendo firmemente suas convicções. (...) é bom que se frise que os profissionais desta Instituição continuam empenhados em esclarecer o mais breve possível o caso em pauta".Zélia Lima também considerou importante a reunião com a cúpula da segurança pública para o alinhamento dos discursos e o andamento das investigações.Veja a nota na íntegraNOTA DE ESCLARECIMENTO          O Ministério Público Estadual vem a público esclarecer que no que concerne ao caso Fernanda Lages tem procurado agir conforme suas atribuições, ressaltando o seu dever de atender aos anseios da sociedade, sobretudo, em consonância com a ética institucional que pauta as ações de seus Promotores e Procuradores.  Vale ressaltar que em nenhum momento os Promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha pautaram suas ações visando projeção midiática. Contudo é bom lembrar que o evento da morte da estudante de Direito acima mencionada causou comoção social, o que por si só, desperta naturalmente o interesse dos meios de comunicação.  Em que pesam as divergências de linhas de pensamento entre este MP e a Policia Civil,  é bom que se esclareça que o Ministério Público procurou sempre atuar com respeito, mas mantendo firmemente suas convicções. Para além de possíveis polêmicas, é bom que se frise que os profissionais desta Instituição continuam empenhados em esclarecer o mais breve possível o caso em pauta. Acrescenta-se que a reunião realizada em 06 de outubro na sede deste Ministério, entre a cúpula do mesmo e a Secretaria de Segurança Pública foi de extrema importância para alinhar os discursos e os procedimentos referentes ao andamento das investigações, confirmando a parceria natural existente entre os órgãos mencionados.Considerando  que o objetivo de todos os envolvidos é a solução final do caso e, considerando, principalmente, o papel constitucional do MP, faz-se mister esclarecer que estaremos aguardando que a Polícia Judiciária  conclua seus trabalhos e nos encaminhem para que possamos assim, de posse todos os dados, formar nossa opinio delicti e exercer o seu papel processual.Por fim, queremos tranqüilizar a sociedade no tocante ao nosso dever legal para com esta e dizer ainda que não descansaremos, até que se esclareça a morte da jovem estudante Fernanda Lages.         Zélia Saraiva LimaProcuradora Geral de Justiça do Estado do PiauíDa Redaçãoredacao@cidadeverde.com