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Povos indígenas do PI participam do acampamento Terra Livre em Brasília

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Foto: Reprodução

Por Elinalva Sousa (estagiária)

Revisão: Cidadeverde.com/picos

A força dos rituais, o som dos maracás e a voz de mais de sete mil indígenas tomaram conta da cidade de Brasília durante o Acampamento Terra Livre. O ato de ocupação é a maior mobilização dos povos originários do mundo e aconteceu no período de 22 a 26 de abril do corrente ano. 

Com o tema “Nosso marco é ancestral". Sempre estivemos aqui!”, o acampamento teve por objetivo principal reivindicar políticas públicas, entre elas titulação das terras indígenas, moradias, saúde e educação escolar indígenas, alimentação e outros direitos.    

A coordenadora da juventude indígena do Piauí, Elayne Silva, ressalta a importância da participação dos povos indígenas do Piauí na mobilização e a  invisibilidade do poder público aos povos indígenas do Estado.

 “A semana toda aqui no ATL foi de momentos riquíssimos, alguns debates no qual a gente vem aqui mais para demarcar  também em Brasília o Piauí", dá a voz do Piaui. Porque sempre a vista aos outros estados o Piauí foi estado menos vistos, então a gente está aqui ocupando esses espaços, estamos tendo algumas agendas durante a semana, nós tivemos a presença do ministro Wellington Dias, aqui na nossa barraca, na qual ouvi todo mundo”, disse a coordenadora.

O  Estado do Piauí participa da ocupação pela quinta vez. A caravana composta por 37 delegações, entre elas estão as Tabajara, Tapuios, Gueguê de Sangue, Gamelas, e outras comunidades e etnias do estado do Piauí.

A Cacique e presidente da associação Maria  da Conceição, da comunidade indigena de Akroá Gamela, no município de Uruçuí - PI, fala com voz de luta e resistência sobre a representação dos povos indígenas na ATL.

“O nosso objetivo é a ATL e lutar contra o marco temporal. O marco temporal não é ideal para os povos originários, quer acabar com os povos originais das nossas terras. A marcha em brasília é a retomadas dos territórios em todo o Brasil, todos nós temos as nossas terras e nós queremos a retomadas das nossas terras” a presidente ainda completa dizendo “500 anos que os indígenas estão sofrendo busca dos seus direitos” ressalta a presidente

Marco Temporal é uma tese jurídica que defende e tem como proposta que os povos indígenas só terão direito à terra e direito às reivindicações  somente aquelas que estiveram sendo ocupadas pelos povos originários no dia 5 de outubro de 1988, quando a constituição Federal foi publicada. 

O último compromisso da agenda dos povos indígenas do Piauí é com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) para implantação da FUNAI no estado do Piauí, a Coordenadora Elayne finaliza e  o desejos de  todas as comunidades indígenas do Piauí.

 “Já tem meio que em mente realmente quais são as lutas, temos que persistir sempre, então é importante para poder fortalecer as nossas base para que a partir das nossas bases possamos estar cobrando os nossos governantes até realmente num pilar maior, para nos conseguir as nossas  demandas o nosso foco maior que são as questões dos territórios, porque sempre vai ser pela questão das demarcações de terras para dentro do estado do piauí que ainda não  se tem terras demarcadas” disse Elayne.

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