Pais e professores ocupam o gabinete do secretário Kléber Montezuma

Os professores, pais e alunos ocuparam o gabinete do secretário de Educação Kleber Montezuma, no final da manhã desta quarta-feira (2), exigindo audiência para tratar da falta de estrutura na escola Professor José Carlos, no bairro Real Copagre, zona norte da capital. Outra queixa dos manifestantes é que o secretário transferiu seis professores da escola após os docentes terem cobrado melhores condições de trabalho e segurança. Os pais de alunos declaram apoio à greve dos professores que já dura cinco dias. Os grevistas interditaram rua em protesto. Evelin Santos/CidadeVerde.comMaria Dalva Oliveira Cruz, mãe de estudante, diz que os alunos estão com medo, pois a direção da escola está chamando a polícia para impedir a entrada dos seis professores na unidade. Ela relatou ainda que falta estrutura e um ventilador caiu e quase atinge sua filha em uma sala. A professora Lindalva Barbosa Maciel Silva, que foi removida do colégio, atribui a transferência à perseguição política. Ana Brito, diretora da assessoria jurídica do Sindserm, diz que a escola virou caso de polícia e a Semec trata com desrespeito os professores e a comunidade. Os docentes transferidos informaram ao Cidadeverde.com que estão impedidos de entrar na escola. O assessor jurídico da Semec, José Moura, comenta que os professores pediram segurança e como a Secretaria não tinha condições de atendê-los da forma como havia sido solicitado, a pasta decidiu lotá-los em escolas onde os profissionais pudessem dispor de segurança. A avenida Areolino de Abreu continua interditada pelos professores que estão em greve desde o último dia 27 de setembro. O secretário Kléber Montezuma não está na sede da Semec, pois está visitando as unidades escolares municipais. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o gestor irá receber os manifestantes tão logo chegue ao prédio. Sinésio Soares, presidente do SindsermAtualizada às 11 horasOs servidores municipais da Educação continuam acampados e interditando a rua Areolino de Abreu, em frente a Semec. O presidente do Sindserm Sinésio Soares, disse que pela primeira vez a greve não é por salários, mas por falta de estrutura nas escolas. Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.comEle afirma que a não estaria cumprindo a legislação e a decisão judicial, como a que se refere à lei federal nº 11.738/08, que garante pelo menos um terço da carga horária do magistério ao horário pedagógico, entre outras.Os professores querem revogar também a portaria que foi baixada pelo secretário e que eleva hora/aula dos professores de 50 para 60 minutos e a não realização da manutenção e reformas emergentes das escolas e CMEI’s. Segundo Sinésio Soares, quatro mil professores no Município e 90% deles estão paralisados. Na frente da Semec, os servidores estão com faixas, tem barracas e há cerca de 200 servidores estão no meio da rua. Uma assembleia realizada no local, os servidores aprovaram nova ocupação da rua na próxima segunda-feira(07) e uma moção de apoio aos professores do Rio de Janeiro e em repúdio ao governador Sérgio Cabral. Atualizada às 10h22Professores fazem manifestação em frente à Secretaria Municipal de Educação, na rua Areolino de Abreu, interditando a via, e impedindo a passagem de veículos. Por conta do protesto, aproximadamente 50 ônibus coletivos estão parados ao longo da avenida Frei Serafim no Centro de Teresina. Os veículos congestionam a faixa exclusiva. O funcionário público Iury Campelo, que estava dentro da linha Alto da Ressurreição, informou ao Cidadeverde.com que o trajeto que a ônibus faz em dez minutos, estava há quase uma hora parado. “Uma senhora passou mal de tanto calor. Tive que descer na Avenida Frei Serafim para ir caminhando até a Praça Saraiva e as pessoas estão fazendo mesmo”, declarou Iury. Foto: Yala SenaDe acordo com representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, os motoristas estão procurando rotas alternativas para conseguirem passar. Na rua, os professores colocaram carteiras e carros de som, impedindo a passagem de veículos.Os professores decretaram greve por tempo indeterminado na última sexta-feira(27).Flash Yala SenaRedação Caroline Oliveiraredacao@cidadeverde.com