Os paredões de som automotivo podem ser diversão para algumas pessoas e um martírio para outras. Coibir os excessos causados por quem os utiliza é um trabalho da Delegacia do Silêncio que nos últimos dez dias retirou 26 automóveis que utilizaram este tipo de aparelhagem; dos quais nove apenas na última noite. Segundo o delegado Evaldo Farias, titular do distrito, um problema que vem sendo observado são os casos de reincidência.Evelin Santos/Cidadeverde.com“De ontem para hoje recolhemos dois veículos que já haviam sido apreendidos. Um deles foi retirado na última quarta-feira (4). O dono, um empresário, pagou R$ 1.400 de multa e praticou o mesmo crime na Vila Irmã Dulce”, pontua o delegado. Ele acrescenta que o automóvel era um Gol que tinha acoplado um trio elétrico orçado em aproximadamente R$ 20 mil. O outro caso aconteceu na Usina Santana onde foi recolhido um veículo que havia sido apreendido a menos de dez dias. “O mais impressionante é que o proprietário pagou a multa e ainda aumentou a potência do som, indo utilizá-lo na zona rural que por ter sítios é considerada área sensível”, descreve Farias. Arquivo Portal Cidade VerdePara o delegado a reincidência de casos na capital é o reflexo do baixo valor da multa em comparação ao preço das aparelhagens que, em alguns casos, chegam a dezenas de milhares de reais. “É preciso que haja uma maior rigidez na lei. O pela destruição do paredão, que hoje não é permitida, ou com uma multa maior, com preço equivalente ao do som; porque nós tiramos das ruas, mas eles pagam a multa e voltam a cometer novamente”, descreve. Farias sugere ainda que seja criado um espaço específico para que os proprietários se reúnem e possam utilizar os aparelhos. Segundo o delegado, além da multa para retirar o paredão, o dono do carro com o sistema que é apreendido paga cerca de R$ 85 pelo reboque, R$ 25 por dia para o depósito do Detran e R$ 197 de multa infracional além de levar sete pontos na carteira de motorista.Carlos Lustosa Filhoredacao@cidadeverde.com