O esporte olímpico brasileiro vai encerrar a temporada de 2017, que abriu o ciclo olímpico rumo a os Jogos de Tóquio-2020, com 18 atletas posicionados entre os três melhores em Campeonatos Mundiais ou torneios similares.
O levantamento foi feito pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil). Em um hipotético quadro de medalhas, as 18 conquistas no ano deixariam o país na 15ª posição, imediatamente atrás da Nova Zelândia.
Em 2013, primeiro ano do ciclo olímpico dos Jogos do Rio, o país ganhou 27 medalhas em Mundiais ou equivalentes.
Além dos 18 brasileiro colocados entre os três primeiros em competições mundiais, o país Brasil teve três atletas no top 3 de rankings. São eles o surfista Gabriel Medina, caratecas Vinicius Figueira e Valéria Kumizaki. O surfe e o caratê determinam os melhores por meio de rankings e não por um evento considerado Mundial. Por isso não estão no levantamento do COB.
"Avaliamos que estar entre os 15 primeiros é, neste momento, uma posição bem equacionada. É uma posição justa para o Brasil neste momento", afirmou à Folha Jorge Bichara, gerente-geral de alto rendimento do COB.
A última expectativa de resultado positivo era seleção feminina de handebol, que acabou eliminada na primeira fase do Campeonato Mundial, neste mês. Acabou apenas na 18ª colocação.
Se fosse considerada apenas a contagem de ouros, o país seria 20º -ao todo, foram três ouros, nove pratas e sete bronzes na temporada.
Nos Jogos do Rio, a delegação brasileira foi 13ª colocada nos dois critérios. Com isso, não alcançou a meta do top 10 estipulada pelo COB.
As medalhas douradas foram conquistadas pela judoca Mayra Aguiar (Mundial), pela dupla de vôlei de praia Evandro e André (Mundial) e pela seleção feminina de vôlei (Grand Prix).
Na avaliação do dirigente, o número de pódios foi satisfatório dadas as condições adversas de um ano em que Carlos Arthur Nuzman renunciou à presidência do COB e o órgão que perdeu praticamente todos os seus patrocinadores privados.
"Isso é uma sinalização positiva, principalmente porque estamos falando no ano mais difícil da história olímpica, institucionalmente, para o Brasil", disse Bichara.
"Este foi um ano difícil,e em nossa observação o ano que vem também será bem difícil", complementou.
Além dos três medalhistas de ouro, outros destaques do país foram o revezamento 4 x 100 m livre e Bruno Fratus (50 m livre), pratas na natação no Mundial de esportes aquáticos de Budapeste; a canoísta Ana Sátila, bronze mundial na canoagem slalom C1; e o marcador Caio Bonfim, bronze no Mundial de Londres.
A principal decepção ficou por conta do saltador Thiago Braz, campeão olímpico que foi retirado do Mundial de atletismo de Londres por estar em má fase.
PÓDIOS BRASILEIROS
3 ouros
1 judô (Mayra Aguiar)
1 vôlei feminino
1 voleibol de praia masculino (Evandro/André)
8 pratas
2 judô (David Moura e
por equipe)
2 natação (Bruno Fratus e 4x100m livre masc.)
2 skate (Pedro Barros e
Letícia Bufoni)
1 vela (Martine Grael/Kahena Kunze)
1 vôlei masculino
7 bronzes
1 atletismo (Caio Bonfim)
1 canoagem slalom
(Ana Sátila)
1 canoagem velocidade
(Isaquias Queiroz)
1 judô* (Erika Miranda)
1 maratona aquática (Ana Marcela Cunha)
1 skate (Kelvin Hoefler)
1 vôlei de praia feminino (Larissa/Talita)
*Rafael Silva também foi bronze no Mundial de judô, no peso pesado (+100kg). Como nos Jogos Olímpicos apenas um atleta por país compete em cada categoria, neste caso, o COB só contabilizou a prata de David Moura.
Fonte: Yahoo