Lula culpa congresso por burocracia aos alagados

Yala Sena/Cidadeverde.com   O presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpou nesta terça-feira o congresso nacional pela burocracia enfrentada pelo governo para atender as famílias atingidas pelas chuvas. Em discurso para 22 prefeitos em Teresina, no Piauí, Lula também criticou o excesso de fiscalização dos órgãos públicos e afirmou que neste momento a “prioridade zero é atender as pessoas desabrigadas”.   “Eu posso dizer para vocês, hoje, que tem muito erro da parte do governo federal na burocracia e que não depende de quem é ministro. Depende das leis do Congresso Nacional que as criaram por achar que estavam fiscalizando e na verdade estavam criando uma série de dificuldades”, afirmou o presidente.   Para exemplificar a burocracia, o presidente lembrou da última enchente do rio São Francisco, há 5 anos, e que até hoje tem cidades que não conseguiram liberação de verba.     “Ao longo desses 30 anos nós criamos regras de fiscalização e poucos instrumento de execução. Essa é que a verdade”, disse Lula e destacou: “Se o ministro Geddel (Vieira – Integração Nacional) fizer alguma coisa que não tiver de acordo com a lei, o primeiro a vir em cima dele é o adversário, dizendo que ele está gastando dinheiro fora da lei. O segundo é o TCU que vai dizer que ele está totalmente errado e vai suspender a obra. O terceiro é o Ministério Público que vai logo meter um processo em cima dele, disponibilizar os bens dele e é isso que tem visto pelo país a fora”, disse o presidente.   Após fazer um sobrevôo em áreas alagadas em Teresina e visitar famílias no abrigo do Centro Social do Poty Velho, zona Norte da capital, o presidente disse que “prioridade zero é atender as famílias desabrigadas” e afirmou: “Os três ingredientes prioritários nesse momento é tirar as pessoas das casas, dá alimentação e cuidar da saúde”.  

“Nessa hora não adianta desespero. Agora é como tratar uma pessoa que chegou baleado no hospital. A primeira medida não é tirar a bala, é estancar o sangue para depois cuidar da bala”, afirmou.  

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