Dólar fecha com alta de 1,72%, cotado a R$ 1,89; Bovespa sobe

O dólar terminou a jornada desta quinta-feira em valorização considerável, um dia depois de subir quase 3%.A moeda chegou a perder levemente o seu valor ante o real pouco após a abertura do mercado, mas inverteu tendência após líderes europeus terem reiterado que o Banco Central Europeu não mudará o seu papel perante as dificuldades da região.Dados preliminares mostram que o dólar comercial fechou com valorização de 1,72%, cotado a R$ 1,890 na compra e R$ 1,892 na venda. Na BM&F, os contratos futuros com vencimento em dezembro operavam em alta de 1,25%, a R$ 1,894, por volta das 17h10.Em dia de mercados fechados nos Estados Unidos por causa do Dia de Ação de Graças, o euro terminou praticamente estável, a US$ 1,334, enquanto o Dollar Index, que mede o desempenho da moeda ante seis outras, subia 0,07%, para 79,06 pontos.Ontem (23), o dólar subiu quase 3% e superou R$ 1,85, fechando no maior nível desde 4 de outubro em meio ao agravamento da aversão a risco no mercado internacional.BovespaDescolado das bolsas europeias, que fecharam em baixa, o mercado acionário brasileiro recuperou a força inicial e agora tenta se firmar no terreno positivo. Se consolidar a trajetória, o Ibovespa terá a primeira alta em seis pregões.Próximo das 17h10, o Ibovespa subia 0,66%, para 55.335 pontos, com volume negociado de apenas R$ 2,3 bilhões.A recuperação da Bolsa parece estar mais embasada em fatores técnicos que em fundamentos, dado que a Europa não deu uma trégua aos mercados, em dia de feriado americano. Investidores voltaram a se frustrar com a falta de medidas concretas para combater a crise e a ideia de criar eurobônus foi mais uma vez criticada por uma das principais vozes do bloco europeu, da chanceler alemã, Angela Merkel.A cobrança de uma atuação mais agressiva do BCE (Banco Central Europeu) também foi amenizada. Após encontro com o premiê italiano, Mario Monti, Merkel e Nicolas Sarkozy, presidente francês, ressaltaram que o BCE é independente.Os três indicaram que, pelo respeito à independência da autoridade monetária, devem se abster de falar bem ou mal da instituição.Fonte: Folha