MPF denuncia João Henrique por corrupção nos Correios

O ex-presidente da Empresa de Correios e Telégrafos, João Henrique de Almeida Souza, foi denunciado pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal por corrupção passiva em sua gestão no ano de 2004. Ele é acusado de integrar um grupo criminoso que teria arrecadado, a título de propina cerca de R$ 5 milhões, de acordo com levantamento da Controladoria-Geral da União - CGU. Entre outros crimes, a quadrilha agiria solicitando vantagens indevidas para empresários e apoio financeiro para candidatos nas eleições de 2004, com objetivo de manter e fortalecer o campo de influência política dos envolvidos. Veja o documento elaborado pelo MPF/DFA denúncia foi oferecida na última segunda-feira (8) e inclui os nomes do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), os empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) Maurício Marinho, Antônio Osório, Fernando Godoy, Julio Imoto e Eduardo Coutinho; o ex-presidente da Eletronorte Roberto Garcia Salmeron; e Horacio Batista, primo de Antônio Osório, todos acusados de formação de quadrilha.As investigações foram deflagradas após divulgação na imprensa de filmagem onde Maurício Marinho, então chefe do Departamento de Compras e Contratações - Decam -, aparece recebendo em sua sala na ECT, a título de propina, R$ 3 mil. A apuração contou com ações conjuntas da CGU, Polícia Federal e um grupo de auditores dos Correios cedidos pela empresa. Após as apurações, os procuradores da República Bruno Acioli, Raquel Branquinho e José Alfredo de Paula consideram que a ECT ?foi vítima da ação organizada de quadrilhas compostas basicamente por empregados públicos, políticos, empresários e lobistas?. Roberto Jefferson seria o chefe da quadrilha, que indicou Antônio Osório para ocupar cargo importante nos Correios, que formou o grupo de fraudadores com servidores da própria empresa. A missão era arrecadas fundos para o PTB. como provas, planilhas foram apreendidas com a contabilidade detalhada da propina. Da Redação (com informações do MPF/DF)redacao@cidadeverde.com