Embates dos grupos marcam debate sobre Gurgueia; veja cobertura

No quarto bloco do debate especial do Viva Piauí, Luís Coelho, prefeito de Paulistana, e João de Deus Souza, deputado Estadual, emitiram opiniões contrárias sobre a criação de emprego e renda no Piauí unido e separado, com a criação do Gurguéia. Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com “Teresina tem cerca de 30 faculdades. Para onde vão esses trabalhadores que são formados? Eles ficam ociosos. A criação de um novo Estado resolveria parcialmente a questão do desemprego. O mercado de emprego do Piauí está estagnado. A criação de novos municípios é que absolveu a mão de obra”, disse o prefeito Luis Coelho. O deputado João de Deus defendeu que deve-se investir no planejamento para que o Estado possa crescer. O parlamentar apoiou suas convicções em pesquisas de opinião que apontam a vontade popular dos piauienses em seguir unidos.Leia também:Autoridades criticam falta do Estado no Sul e gastos para criar Gurgueia 52% são contra a divisão do Piauí, revela pesquisa com os internautas "Piauí Unido" comemora debate e questiona verba para criar Gurgueia Embates dos grupos marcam debate sobre Gurgueia; veja cobertura Nazareno: elites vão deixar Gurgueia "chupando dedo"; Júlio César reage Plateia parabeniza 1º debate sobre a possível divisão o PI Internautas participam do Viva Piauí pelo Cidadeverde.com Jesualdo defende Gurgueia e o compara ao caso Fernanda Lages Associação dos piauienses no DF envia mensagem no Dia do Piauí  “Somos a favor do plebiscito. Não foi só o Gurguéia que foi esquecido, foi o Piauí como um todo. Os que defendem a separação usam o Tocantins para comparação. O Estado não é parâmetro. Ele surgiu em um contexto melhor que o Piauí. Estudos provam que é possível crescer o Estado sem se separar e que o povo não quer a divisão”, defendeu João de Deus. Arrecadação Luis Coelho usou a arrecadação do ICMS no Estado para explicar a “segregação” que existe no Estado. “O Norte do Estado fica com 96% de tudo que é arrecadado no Piauí enquanto a região Sul fica só com 4%. É muito bom falar em união se você está de barriga cheia. A região Sul precisa se desenvolver mais e rápido”, opinou o gestor. João de Deus argumentou que atualmente o Piauí tem dado passos para fugir da dependência. “O ICMS triplicou num Estado que tem a característica secular de depender do FPE. Dividir é colocar aquela população no esquecimento. Serão necessários pelo menos 4 anos para estruturar legalmente o Estado e quase 20 anos para estruturar fisicamente o Gurguéia, explicou. Participação da platéia O advogado Eugênio Paraguassu, integrante do grupo que defende a divisão, questionou os debatedores só bloco sobre os sentimentos aplicados para contestar a criação do Gurguéia e a realização de um plebiscito para mensurar a opinião popular. “Essa é uma oportunidade única para o Piauí e o Estado não pode perder mais uma oportunidade de crescer, para o bem dos dois estados, para a geração de empregos e para a erradicação da pobreza. Por isso sou a favor de ouvir a população”, avaliou o prefeito de Paulistana. “O Pará faz debate sobre a divisão e sabe-se que o povo não quer. É um argumento furado falar que devemos nos separar porque os outros estão se separar. O desenvolvimento do Gurguéia se faz com programas que atinge os mais pobres”, analisou o parlamentar do PT. A favor da união do Estado, Wellington Soares questionou sobre a possibilidade de descentralizar a administração pública. Luis Coelho disse que a ideia nem sempre vem com a quantidade de recursos necessários. João de Deus citou exemplos de sucesso como São Paulo e Minas Gerais. Lívio Galeno liviogaleno@cidadeverde.com