Morto após uma briga de trânsito com um policial militar na noite de sexta-feira (26), o empresário Carlos Augusto de Sousa Oliveira foi velado na manhã deste sábado (27) por amigos e familiares. O irmão da vítima, Francilâncio Alves da Silva, mais conhecido como Nande, lamentou o acontecido e disse que a família quer que o caso seja apurado e deseja justiça.

"Queremos que seja apurado o que aconteceu e o que foi dito", disse Nande se referindo à versão dada pela Polícia Militar que tratava o caso como uma tentativa frustrada de assalto - segundo a PM, a vítima seria um suposto assaltante que teria tentado roubar a arma do policial, que reagiu e acabou matando o agressor.

Algum tempo depois do crime, uma pessoa ligada à família da vítima informou ao Cidadeverde.com que Carlos Oliveira era dono de um lava jato e que o crime teria acontecido após uma discussão no trânsito, provocada pela quebra de um retrovisor. A vítima e o policial teriam tido uma luta corporal, ocorreram disparos e os dois foram atingidos.

O empresário veio a óbito e o policial, baleado no abdômen, deu entrada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Seu estado de saúde é estável e ele não corre risco de morte.

De acordo com o irmão da vítima, a família espera que o Estado investigue o crime. "Um policial matou um pai de família. Algo inesperado, principalmente partindo de quem foi feito para defender um cidadão, mas que acabou tirando a vida de um. Estamos chocados. Talvez a arma seja até do Estado. Queremos que tomem providências em questão de punição", desabafou Nande.

A família registrou o Boletim de Ocorrência na Delegacia de Homicídios e na Central de Flagrantes. A identidade do policial envolvido ainda não foi divulgada. A vítima deixou um filho de três anos e uma filha de 16 anos.

O enterro será ás 17h no cemitério municipal São Judas Tadeu.

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com) redacao@cidadeverde.com