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DHPP apura sumiço de imagens de câmeras de segurança em assassinato de filho de repórter

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Foto: Reprodução

Por Bárbara Rodrigues e Tiago Melo

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) lida com um empecilho em meio a investigação do assassinato de Johnnie Walker Andrade, empresário e filho do repórter Joselito Andrade, que foi morto com cerca de 15 tiros de arma de fogo, no dia 10 de maio no bairro Parque Brasil na zona Norte de Teresina. As imagens das câmeras de segurança não foram encontradas no HD e o delegado responsável pelo caso pediu mais colaboração da família na investigação.

A vítima era proprietário de um supermercado, e no dia do crime, um carro parou em frente ao estabelecimento comercial de propriedade de Johnnie, e logo depois desceram quatro suspeitos armados, que fizeram vários disparos de arma de fogo. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.

O delegado Robert Lavor, responsável pela investigação no DHPP, revelou que quando a polícia recebeu o aparelho de gravação das câmeras de segurança, não foram encontradas imagens do assassinato. O aparelho passará por perícia para se descobrir se as imagens foram deletadas por ação humana ou problemas técnicos.

“O estabelecimento em si era todo monitorado por câmeras de segurança e a gente detectou isso no dia, e depois posteriormente tivemos certa dificuldade de acesso, pois quando a gente conseguiu ter acesso aos aparelhos, fomos surpreendidos que não estavam mais as imagens. Estamos tentando convencer a família da importância das imagens na posse da polícia até para a gente fazer um comparativo com os eventuais suspeitos, as roupas usadas, armas, e como se deu a ação. Não só com as testemunhas, mas as imagens diriam muito como se deu essa ação”, explicou o delegado.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Ao ser questionado se as imagens foram apagadas, o delegado afirmou que somente a perícia poderá dizer o que aconteceu.

“A gente vai realizar a perícia no aparelho, para saber o que ocorreu de fato. O que de fato ocorre é que não conseguimos extrair do aparelho nenhuma imagem da ação. Sobre o que o ocorreu, se foram extraídas, apagadas, se se perdeu com o tempo, somente com o laudo pericial, mas isso é um prejuízo para a investigação”, declarou Robert Lavor.

Até o momento já foram ouvidos filho, sobrinho e esposa de Johnnie Walker, mas o delegado pediu uma maior colaboração da família em informar sobre o perfil da vítima e suas atividades, diante do crime com característica de execução. 

“Na verdade, no início de uma investigação policial, a relação de confiança entre a polícia e os familiares é muito importante, então nesse caso a gente está tentando isso, que os familiares deem esse voto de confiança para a polícia, no sentido de colaborar e de dar um perfil da vítima, no que ele fazia, quais são as circunstâncias da vida dele que pode ter levado a um crime tão bárbaro. Quem está ali no dia a dia, vai saber o que a pessoa faz e o que ela relaciona, e o que possa ter motivado, então estamos na oitiva com os familiares para ver o que possa indicar a possível motivação desse delito”, explicou.

A polícia também investigará a participação de um homem que foi preso pelo Departamento Estadual de Repreensão ao Narcotráfico (Denarc), em uma investigação por tráfico de drogas na zona Norte, onde ele tinha na sua residência uma roupa modelo militar parecida com a usada por um suspeito no crime.

“Essas informações ainda não temos nos autos, por isso precisamos de informações mais precisas com a família, então um trabalho de pesquisa dos antecedentes, qualquer informação que ligue com outra operação, precisamos ver com calma. Ficamos sabendo que dessa operação do Denarc e já pedimos mais informações”, destacou Robert Lavor.

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