O Boca Juniors (ARG) está eliminado da Copa Libertadores de 2015 pelos incidentes no clássico contra o River Plate (ARG), na última quinta-feira. A decisão foi tomada na noite deste sábado, na sede da Conmebol, quando outras sanções ao clube argentino foram definidas. A punição acabou sendo mais branda do que se esperava na Argentina, quando até a exclusão do Boca e da Bombonera de outras edições da Copa foi cogitada. Mesmo assim, Eduardo Carlezzo, advogado brasileiro que representa os xeneizes, pretende recorrer da decisão - ele lutou para que o Boca seguisse no torneio.
Além da eliminação em 2015, o Boca terá de jogar quatro jogos com portões fechados, quatros jogos sem torcida visitante e terá de pagar 200 mil dólares de multa nas próximas competições internacionais. O River Plate está classificado às quartas de final e pegará o Cruzeiro, com a primeira partida já marcada para Buenos Aires, na quinta-feira, às 22h. O jogo de volta será em Belo Horizonte, no dia 27 de maio.
No intervalo da partida de quinta, jogadores do River foram atingidos por um composto químico, que teria sido atirado por torcedores do Boca, flagrados pelas câmeras de TV no alambrado da Bombonera. Vários atletas foram queimados. O jogo, que estava 0 a 0, teve de ser interrompido.
Com a punição, o Boca Juniors, melhor time da primeira fase da Libertadores, deixa a competição com apenas uma derrota, sofrida na partida de ida contra seu maior rival, por 1 a 0. A equipe, que não vai disputar a Copa Sul-Americana de 2015, pode voltar à maior competição do continente em 2016: só poderá atuar com torcedores na Bombonera e com sua torcida fora dela a partir das quartas de final.
O Boca tentou a todo custo jogar os 45 minutos que faltaram contra o River na quinta. O clube contratou Eduardo Carlezzo para fazer a defesa na Conmebol: até mesmo o caso de Oruro em 2013, envolvendo o Corinthians, foi usado como exemplo para tentar amenizar a pena. Na ocasião, o torcedor boliviano Kevin Spada foi morto pelo disparo de um sinalizador de navio da torcida corintiana. O clube brasileiro seguiu na competição, sendo obrigado apenas a jogar na partida seguinte em casa com portões fechados. A imprensa argentina e até mesmo vários torcedores do Boca trataram o fato da Bombonera como uma vergonha internacional.
Fonte: Lancenet
