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Corpo do estudante Ruan Pedreira é exumado em meio a atraso e queixas da família

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Atualizada às 11h06
A exumação do corpo de Ruan Pedreira começou com uma hora de atraso, após resolvido impasse da falta de preparo para a realização do procedimento. A retirada do corpo durou cerca de 40 minutos e os restos mortais do jovem estão sendo levados para o IML. 

De acordo com o delegado Danúbio Dias o laudo deve ser concluído em dez dias e será imprescindível para o fechamento do inquérito. “Vamos verificar se os fragmentos do projétil apreendidos no local são compatíveis com os fragmentos alojados no crânio da vítima. Com isso, fecharemos a autoria do crime”, declarou. 

A exumação foi acompanhado por tios e primos do jovem. Os pais de Ruan estão sob efeito de calmantes e não foram ao cemitério. “Desde ontem à noite, os pais dele estão tomando remédios. Para mim, essa dor de tirar o corpo dele, foi maior. Tiraram ele da casinha dele”, disse, emocionada, uma das tias, que não quis se identificar. 

Após análise no IML, o corpo deve retornar ao cemitério ainda hoje. A família clama por justiça e até a condenação do autor do crime. “A exumação não era imprescindível, mas vai corroborar com o que está no laudo. As provas são contundentes. Este exame é só para tirar uma dúvida e talvez nem fosse necessário. Por isso, pedimos essa prorrogação. A família está muito depressiva”, informou o advogado, Josélio Oliveira. 

 

Publicada às 9h58

Um impasse atrasa a exumação do corpo do estudante Ruan Pedreira, 21 anos, marcada para às 9h desta quinta-feira (21). A administração do cemitério alega que não foi informada e que faltam equipamentos especiais para a realização do procedimento. O estudante de Engenharia Mecânica da Ufpi, Ruan Pedreira, morto durante jogo da Copa do Mundo no bairro Saci, em 28 de agosto do ano passado.

 

 

“Fomos informados quando os familiares chegaram hoje de manhã para acompanhar a exumação do corpo. Para isso, tem que haver todo um preparo. Precisamos de máscaras, luvas, botas e uma farda que não é reutilizável. Aqui só há dois coveiros, se eles fizerem isso desta forma inviabilizará outros enterros marcados durante o dia”, disse Sílvia Maria Ribeiro, auxiliar da administração do cemitério.

A prima de Ruan, Jaqueline Nobre que representa a família, lembra que a exumação já havia sido adiada. Ela conta que devido à queima de um aparelho o procedimento não fora realizado há duas semanas atrás. “Ficamos de sobreaviso e ontem o delegado nos ligou, informando que técnicos de Minas Gerais estavam aqui em Teresina. Eles são responsáveis pelo conserto do equipamento e caso houvesse um problema novamente, já estariam aqui para resolver”, descreve. 

Jaqueline revela que, primeiramente, a família foi contra a exumação, mas ainda tem esperança que o procedimento ajude a encontrar a autoria do disparo que matou o jovem. Ela também contesta a reconstituição do crime. “Com a exumação, o Ruan não vai voltar, mas enquanto isso, as pessoas que atiraram nele continuam soltas. É muito difícil digerir a dor de ter que abrir um caixão. Ele era filho único. É muito doloroso. Nunca vivemos isso. A reconstituição foi falha. Estou aqui para representar a família e espero que isto sirva pelo menos para tirar a dúvida da polícia que já sabe quem matou. Dias após o crime, fizeram uma perseguição próxima à casa do suspeito, mas ele ainda está solto. Por que será?”, questiona. 

Entre os pontos contestados pela prima, estão a falta de interdição da rua onde ocorreu o crime e que não foi feito o protótipo da vítima. Ela compara com as reconstituições realizadas nos casos Fernanda Lages e da menina Isabela Nordoni. “Antes de isso ocorrer com o meu primo, eu era leiga no assunto. Mas hoje entendo que a reconstituição não foi satisfatória. Eles sequer interditaram a rua. No caso Fernanda Lages, por exemplo, a rua foi fechada, fizeram tudo no mesmo horário e local, houve todo um preparo. O que não ocorreu com o Ruan. No caso Nardoni, chegaram a fazer um boneco com mesmo peso, altura e estrutura física da garota. Estamos esperando o fim do inquérito para pedir uma nova reconstituição”, diz Jaqueline. 

O titular do 4º DP, Danúbio Dias, disse que existe apenas um suspeito e um mandado de prisão em aberto. A exumação servirá para comparar o calibre dos fragmentos de pistola .380 apreendidos. O delegado acrescenta que testemunhas afirmaram ter visto o atirador com uma arma semelhante, mas a namorada do suspeito e outra pessoa afirmaram que não partiu do principal suspeito. “Só existe um nome, um rosto e um suspeito. A companheira dele disse que existe outro atirador, ela mudou o depoimento, mas o que existe nos autos é apenas um suspeito”, conclui. 

 

Flash de Graciane Sousa
Redação Carlos Lustosa Filho
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