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Corrente: Advogados continuam presos e mais vítimas denunciam fraude

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Os três advogados que foram presos em uma operação deflagrada na última quinta-feira(26) em Corrente (a 900 quilômetros de Teresina) permanecem presos no quartel do 7º Batalhão na cidade do extremo sul do Estado. Eles são acusados de participar de um esquema que fraudava processos e lesava aposentados de pelos menos dez municípios da região. 

A operação que teve participação das Polícias Civil e Militar de Corrente foi coordenada pelo Ministério Público

O promotor Rômulo Cordão confirmou ao Cidadeverde.com que os advogados continuam presos. “Se foi solicitado algum pedido de soltura não deve ter sido aceito, porque eles continuam presos”, afirmou. 

Gustavo do Val Nogueira, Henrique Paranaguá e André Rocha, que também atuava como juiz leigo no Juizado Especial, foram presos nas primeiras horas da última quinta-feira(26) e agora dividem um quarto no alojamento do quartel. Neste domingo(29), estão recebendo visita dos familiares. 

Cordão informou também, que ainda na sexta-feira(27), mais quatro aposentados foram até o Ministério Público prestar depoimentos e afirma que também foram lesados. “Não temos o total de vítimas, mas com certeza foram centenas e devem aparecer muito mais”, destacou. 

Além dos advogados, três mulheres estão presas na Delegacia Regional de Corrente e prestam depoimento no Ministério Público neste domingo. Segundo o promotor, elas eram “as coiotes” que cooptavam aposentados, de preferência analfabetos, pelo interior dos municípios e que tinham feito empréstimos. 

Entenda o caso

“Eles prometiam que iam cancelar esses empréstimos na Justiça, no entanto faziam outros empréstimos, depois procuravam a Justiça e pediam ao aposentado para mentir dizendo que não tinha feito e que queria anular. Só no ano passado foram R$ 1,2 milhão, lesando instituições financeiras e os próprios aposentados, já que eles também tinham uma agência financeira e faziam três quatro empréstimos no nome do mesmo aposentado que quando via no seu contracheque não recebia nada”, esclareceu o promotor. 

E atuavam em: Corrente, Parnaguá, Curimatá, Cristalândia, Sebastião Barros, Riacho Firo, Monte Alegre, Gilbués e Redenção do Gurgueia. 

Os crimes envolvidos são: associação criminosa, crimes contra a Administração Pública, estelionato, fraude processual e tergiversação.

 

Caroline Oliveira
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