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Exclusivo: PRF simula acidente que resultou na morte de Paulo Patrick

A Polícia Rodoviária Federal, com exclusividade para a TV Cidade Verde, foi até a avenida João XXIII, no mesmo horário em que o estudante Paulo Patrick Castro foi atropelado, para fazer uma breve simulação do que aconteceu no momento do acidente.

Fotos: Reprodução/TV Cidade Verde
Paulo Patrick, momentos antes do acidente
Patrick sendo socorrido pela equipe do Corpo de Bombeiros minutos após o acidente

O inspetor Tony Carlos mostrou com detalhes o posicionamento da PRF sobre o caso. "A dinâmica está esclarecida. A faixa da BR-343 no sentido Centro-zona Leste estava interditada completamente. O jovem, então, optou por atravessar e chegar à pista contrária, que não estava interditada. Ele pulou duas defensas e quando chegou à avenida, o primeiro carro que estava na faixa da direita o atropelou", contou o inspetor.

Inspetor sai da pista interditada pelo canteiro central, como teria feito o estudante

Inspetor pula as dispensas da ponte, como teria feito o adolescente e invade a pista não interditada

O boletim da PRF afirma que a responsabilidade do acidente não foi do taxista, mas sim do adolescente de 14 anos, que morreu 10 dias depois de ser atropelado.

"Os policiais rodoviários federais estavam no local e presenciaram todo o acidente. Eles determinaram que o taxista retirasse seu veículo da pista e aguardasse na sede da PRF, que fica a 500 metros. A polícia preservou a integridade física do taxista", argumentou Tony.

Local onde o estudante foi atropelado

Família contesta

O advogado que representa a família de Paulo Patrick, Walber Coelho, ressaltou que as principais dúvidas dos parentes do adolescente são com relação à velocidade do veículo que o atropelou e também quanto o fato do local não ter sido isolado e periciado.


"Estranho o fato da PRF não ter colocado todas essas explicações no papel e entregue para a Polícia Civil. A gente quer imagens. Queremos saber por quê não foi feito o teste do bafômetro no taxista, por quê ele foi liberado em seu próprio carro e questionamos a velocidade que ele diz que estava", disse o advogado, em entrevista ao Notícia da Manhã desta terça-feira (23).

Walber acrescentou que durante depoimento, o taxista contou que estava a 40km/h e que foi questionado pelos delegados por conta da força do impacto. "Não estamos dizendo que ele está errado, apenas queremos saber o que houve. No final da ponte tem uma rampa e seria difícil ele subir a rampa a 40km/h. A polícia diz que o liberou para preservar a integridade, mas ninguém ameaçou ele. Todos estavam socorrendo Patrick", enfatizou.

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Jordana Cury

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