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Família de piauiense morto em SP vai acionar justiça e pedir indenização

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O corpo do piauiense Carlos Augusto Muniz Braga, 30 anos, morto por um policial na tarde desta quinta-feira (18) em São Paulo, deve chegar a Teresina por volta das 13h30 deste sábado (20) e segue de carro até a cidade de Simplício Mendes, 416km da capital, onde será enterrado. O piauiense tinha 30 anos e trabalhava como vendedor ambulante em São Paulo há 10 anos.  

Para o pai o tiro que atingiu Carlos Braga não foi acidental e classificou a atitude do policial como covarde. Ele disse a família está muito abalada e que a morte do filho significa uma grande perda para ele. "Uma das minhas filhas estava lá com ele e me contou como tudo aconteceu. Ele estava desarmado e pedia calma para os policiais. Foi um covardia atirar nele. Esse policial mostrou que era mal preparado e atirou no meu filho porque quis". 

O camelô foi morto durante confronto com policiais que participavam da Operação Delegada, um convênio da PM com a Prefeitura de São Paulo para fiscalizar e combater o comércio irregular na capital. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento exato em que Carlos tenta tomar um spray de pimenta da mão do policial e ele dispara um tiro em sua cabeça. Ele chegou a ser levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu ao ferimento e faleceu. 

Momento em que Carlos é atingido pelo disparo do policial 

A tia da vítima, que também reside em São Paulo, Cida Muniz, disse que a família está muito abalada e que pretendem entrar com uma ação judicial conta o Estado de São Paulo pedindo indeninzação pelo ocorrido. "O Estado deu bala para um policial matar o meu filho, meu amigo, meu sobrinho. Foi um bandido fardado que tirou ele da gente", disse a tia ao Cidadeverde.com muito emocionada. 

O PM, identificado como Henrique Dias Bueno de Araújo, foi preso em flagrante por homicídio doloso, com intenção de matar. Ele se encontra preso no Presídio Militar Romão Gomes. O caso está sendo investigado pela Corregedoria da PM e pela polícia civil.

 

Sana Moraes 
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