O governo do Piauí aguarda a liberação de recursos da ordem de R$ 400 milhões para serem investidos no metrô de Teresina. Entre as obras previstas, a ampliação da linha férrea até o bairro Promorar, na zona sul da capital. Em entrevista ao Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde, o diretor-presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP), Mauro Luiz Cordeiro de Araújo, disse que os projetos executivos para a liberação da verba já foram aprovados e que metade, R$ 200 milhões, é oriunda do PAC Mobilidade.
“Esse recursos, que no total somam R$ 400 milhões, estão previstos no PAC desde 2012, metade será via empréstimo com a Caixa. Os projetos executivos estão aprovados e aguardamos agora a liberação para iniciar as obras de melhorias”, disse.
Entre as intervenções, segundo o diretor, está à ampliação da linha do metrô até o bairro Promorar. A obra seria através de um ramal partindo do Terminal Rodoviário Lucídio Portela. “É uma obra de grande porte, que deve custar cerca de R$ 200 milhões. Teremos agora duas vias ao invés de apenas uma como é hoje e dois trens novos”, explica o gestor.
Segundo Mauro Luiz Cordeiro de Araújo, o metrô de Teresina é uma adaptação de um trem cedido ao estado com fabricação datada de 1970. Por conta disso, são vários os problemas enfrentados por quem necessita do transporte. Hoje, a TV Cidade Verde mostrou que o metrô está com o ar-condicionado sem funcionar há dois anos, as portas não fecham, sem falar na instabilidade durante o deslocamento.
“Temos problemas de infraestrutura também nas estações. O metrô é um modal importante para Teresina, mas precisa de investimentos, já que a arrecadação não é suficiente”, destaca o diretor, ressaltando que vai precisar de tempo para que as intervenções no sistema ocorram. Ele é a favor da interligação com o transporte coletivo.
“A interligação é possível e necessária. Mas, para que a integração dos modais aconteça, é necessária à liberação dos recursos, que vão vir através da Secretaria dos Transportes. O importante é conseguir que este recurso chegue para que a gente consiga melhorar a mobilidade da capital. A malha atual é usava também pelo trem de carga, que prejudica os dormentes e os trilhos. Existe programação para recuperar a linha também”, finaliza.
Hérlon Moraes
[email protected]
