O julgamento dos réus acusados de matar o delegado Lucas Craveiro, assassinado em março deste ano em Fortaleza, teve início nesta terça-feira (19), no Fórum Clóvis Beviláqua, no Ceará. Das 20 testemunhas, apenas seis foram ouvidas e uma nova audiência foi marcada para o dia 19 de setembro. 

A audiência durou mais de quatro horas e de acordo com Holanda Segundo, advogado da família,  a expectativa é que a sentença seja proferida ainda este ano. 

"Hoje iniciamos a tomada dos depoimentos que serão finalizados com o interrogatório dos réus. Das 20 testemunhas conseguimos ouvir seis, inclusive os policias civis que participaram da operação que desvendou o crime e as vítimas do furto do veículo em que foi praticado o latrocínio. Mais duas audiências deverão ocorrer para a decisão", explica o advogado 

Os réus estão respondendo pelos crimes de latrócinio, porte ilegal de armas e formação de quadrilha e roubo. Lucas Craveiro- que era delegado em Esperantina, no Piauí, mas era natural de Fortaleza, no Ceará- foi assassinado com seis tiros após  sair de uma lanchonete na esquina das Avenidas Washington Soares e Coronel Miguel Dias, no bairro Guararapes. Os acusados foram presos ainda no dia 17 de março de 2014, logo após o crime. 

A Delegada Andrea Magalhães, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira no Estado do Piauí, acompanhou o julgamento e assim como a família do delegado, espera que os acusados sejam sentenciados com pena máxima.

"Perdemos um operador da lei que foi vítima da própria criminalidade que combatia. Não podemos aceitar a violência seja ela onde for e com quem for, para isso trabalhamos diuturnamente. Estaremos aqui do começo até o final, para acompanhar e pedir pena máxima de forma exemplar, não apenas por ser um delegado, mas também porque não aceitamos mais tanta violência", desabafou a delegada.