Em audiência pública realizada nesta terça-feira (14) na Câmara Municipal de Teresina (PI), mototaxistas da capital se posicionaram contrários ao projeto de lei que impõe a instalação de um mototaxímetro nos veículos da capital. Como a lei já foi aprovada, a categoria quer que o prefeito Firmino Filho a vete.
Ao invés do medidor, os mototaxistas sugerem que seja feita, junto com a Superintendência de Transportes e Trânsito (Strans), uma tabela de preços levando em conta as distâncias dos trechos.
Ricardo da Costa, presidente do Sindicato do Mototaxistas de Teresina, ressaltou que o equipamento pode ser danificado com o sol e a poeira, sem contar o preço. "Nós ganhamos muito pouco para poder instalar esse produto que custa mais de R$ 1 mil. Quem vai perder é os mototaxistas e os passageiros", afirmou, defendendo a luta contra os mototaxistas piratas como mais importante no momento.
O sindicalista pediu que o prefeito seja sensível e não sancione o projeto de lei. "Nós saímos de casa 6h da manhã e não sabemos se voltamos mais para casa, porque o trânsito é muito perigoso e ainda tem os assaltantes", pontuou, garantindo que irá acionar a Justiça caso a lei seja sancionada. "A lei só veio atrapalhar a nossa vida e a do passageiro. O equipamento foi testado em vários estados e nenhum aprovou".
O vereador Edilberto Borges "Dudu" (PT), que solicitou a audiência, afirmou ter conversado com o prefeito Firmino Filho (PSDB) para que o projeto não fosse sancionado nas eleições, evitando que se tornasse um fato político. O gestor teria se comprometido a somente assinar a lei depois de saber do resultado da audiência.
Dudu mostrou documento do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) atestando não haver no Brasil a implantação de mototaximetro seguindo especificações do instituto. O vereador reforçou que o preço do aparelho também atrapalha. "Tem mototaxista que tem uma moto que custa R$ 2 mil, R$ 3 mil", lembrou o parlamentar, estimando que o mototaximetro custará R$ 1 mil.
O projeto original é do vereador Tiago Vasconvelos (PSB) e foi aprovado em julho com um voto de diferença. A ideia era resolver a discrepância de preços cobrados por mototaxistas para trechos semelhantes.
Emanuela Pinto (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (Da Redação)
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