O julgamento do goleiro Bruno e de mais quatro réus começa na próxima segunda-feira (19). O goleiro é acusado de mandar matar a ex-amante, Eliza Samudio. Até hoje o corpo não foi encontrado.

A ex-amante de Bruno Fernandes tentava provar que o goleiro do Flamengo era o pai do filho dela. Eliza pedia pensão alimentícia e havia denunciado à polícia, no Rio de Janeiro, que tinha sido vítima de ameaças do jogador. Bruno sempre negou o envolvimento no assassinato.

Além de Bruno, serão julgados pelo assassinato o amigo dele, Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. A ex-mulher do jogador, Dayanne Souza, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada de Bruno, respondem por sequestro e cárcere privado.

A defesa chegará ao julgamento com uma pergunta: como sustentar a acusação de assassinato sem o corpo da vítima? O de Eliza nunca foi encontrado. A polícia e o Ministério Público garantem que há provas suficientes para comprovar o crime.

A perícia encontrou sangue de Eliza no carro de Bruno. O rastreamento de celulares comprovou ligações entre os acusados na noite em que Eliza teria sido morta. Um primo de Bruno, que na época era menor de idade, revelou detalhes do sequestro e da morte de Eliza.

A previsão é que o julgamento dure duas semanas. “O jurado vai considerar as provas que foram produzidas no plenário pra depois determinar o veredito”, explica o doutor em criminologia Adilson Rocha.