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Índice de mortalidade neonatal na Evangelina Rosa é de quase 28%

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O índice de mortalidade neonatal, de crianças com menos de 28 dias de idade, na Maternidade Dona Evangelina Rosa em 2014 foi de 27,92%. Para os gestores em saúde de Teresina, os índices ainda inspiram preocupação.

“Temos que levar em consideração que a Evangelina Rosa recebe gestantes de risco de todo o Estado e, até mesmo, de fora do Estado. Mas os índices nos preocupam muito. Se fosse apenas uma morte, já nos preocuparia. Quando um bebê não sobrevive, uma família inteira fica abalada", revelou a médica  neonatologista da referida maternidade Iabel Almeida.

Para tentar diminuir os índices, a Prefeitura, através da Fundação Municipal de Saúde (FMS) promoveu, durante o mês de junho, três encontros com profissionais das Diretorias Regionais de Saúde, apoiadores e profissionais da Maternidade Evangelina Rosa (MDER). Foram discutidas e analisadas as ocorrências dos óbitos de recém-nascidosna capital.

Para Izabel, a principal causa de morte em recém-nascidos está relacionada à infecções que o bebê adquire da mãe. “A realização de um pré-natal bem feito é muito importante. E o exame de urocultura é fundamental na gestação com suposição de infecção urinária”, informou. Visando contribuir para a diminuição das mortes neonatais por infecções adquiridas da mãe, as equipes Estratégia Saúde da Família a partir de agora irão melhorar o acesso aos exames de urocultura e antibiograma durante o pré-natal. “Vamos disponibilizar um protocolo para as equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) otimizarem o acesso da gestante ao exame de urocultura, além de atualizarem a terapêutica da Síndrome Hipertensiva na gravidez, que é a segunda causa provocável de morte neonatal”, disse Amariles Borba.

“Nós da Gerência de Atenção Básica temos o objetivo de fazer com que os profissionais das equipes da Estratégia Saúde da Família colaborem ainda mais para melhorar esses indicadores”, falou a gerente de Atenção Básica da FMS, Smithanny Barros.

A maior parte das mortes neonatais tem causas evitáveis, que podem ser prevenidas no pré-natal. Apenas no Sistema Único de Saúde (SUS), logo na primeira consulta, são requeridos 21 exames para avaliar o estado da mulher, e com isso prevenir problemas que podem ser contornados quando detectados precocemente. “Por isso queremos pedir às gestantes que não deixem de realizar o atendimento apropriadamente, com todo o seu histórico devidamente registrado na sua caderneta, pela saúde tanto delas como de seus filhos”, alerta Amariles Borba.

O pré-natal deve ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde, com a realização de todas as consultas e exames. Se for um caso em comprovada situação de risco, elas são referenciadas para o ambulatório da MDER, e à medida que as pacientes passam de alto risco para leve são contra referenciadas para o acompanhamento das equipes de saúde da família novamente. Após o nascimento, quando a parturiente tem alta, a primeira consulta do bebê já fica agendada na UBS mais próxima da casa da mãe.

Da redação 
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