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Taxista é esfaqueado durante corrida por adolescente de 14 anos

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O taxista Iran da Costa Lima foi ferido por golpes de estilete por um adolescente de 14 anos que teria solicitado a corrida em um ponto de táxi no bairro Parque Piauí na manhã de terça-feira (4). Segundo Everardo Fontenele, presidente da cooperativa à qual o taxista faz parte, o fato foi inesperado. 

“O garoto chegou no ponto com farda de uma escola pública de lá perto e com uma mochila e solicitou uma corrida para o Bela Vista. Outro taxista chegou a ajudá-lo a entrar e colocar a mochila no banco de trás. Cerca de oito minutos depois, o taxista entrou em contato pedindo ajuda”, descreve Everardo. Ele acrescenta que Iran teve cortes no pescoço e teve parte da orelha cortada. “O garoto simplesmente meteu o estilete, não foi por assalto. Simplesmente fez isso e não fugiu. O próprio colega que ajudou no embarque foi o primeiro a chegar no local”, informou.

Iran foi levado ao hospital do bairro Promorar e em seguida foi à Central de Flagrante registrar o caso. “O garoto fez muitas acusações, mas nenhuma tem fundamento. Sabemos que ele tem problemas. O taxista fez exame no IML e foi tudo esclarecido com todo o material a que tem direito”, descreveu Everardo que diz ainda que todos os dias ocorrem casos de violência contra taxistas. “Não sabemos o que fazer”, afirma. O taxista está fora de perigo e em casa.

Outro lado
A conselheira tutelar Rosa Helena Pereira, acompanhou o depoimento do garoto na Central de Flagrantes e relatou ao CidadeVerde.com a versão do jovem. “A versão do adolescente é diferente. Ele disse que estava voltando pra casa quando o taxista pegou ele na descida da passarela e ofereceu a corrida. Quando ele percebeu que estavam indo em direção a um motel da região, ele reagiu. Ele mora no início do Bela Vista e o taxista foi no sentido oposto. Então, ele, que é um pouco especial, disse que pegou o estilete, que estava no próprio táxi, e feriu o taxista pra se livrar”, relata. 

Segundo a conselheira, a família do rapaz está abalada com o episódio. “Ele é criado pelos avós e eles não deixavam que ele voltasse só para casa. Foram feitos exames no IML e estamos aguardando os resultados. Nosso papel era acompanhar o depoimento. As investigações ficarão a cargo da polícia”, esclareceu. 

Polícia
O coordenador da Central de Flagrantes de Teresina, delegado Luciano Alcântara, informou ao CidadeVerde.com que o caso foi transferido para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. "O taxista não foi autuado, pois havia muita informação checadas pela Polícia Civil que não confirmavam com o depoimento do suposto adolescente vítima. Então, na dúvida, (o caso) foi encaminhado ontem para a DPCA", esclareceu.

 

Carlos Lustosa Filho
[email protected]

 

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