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Após surto de detento sem medicação, agentes vão acionar o Ministério Público

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O sindicato dos agentes penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) informou nesta quarta-feira (3) que vai acionar o Ministério Público do Estado ainda hoje. A denúncia diz respeito à falta de medicamentos controlados para dententos com problemas mentais. Ontem, um preso da Colônia Agrícola Major César teve um surto e precisou ser medicado no Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu. 

Kleiton Holanda, da diretoria do Sinpoljuspi, informou que desde julho faltam medicamentos essenciais em todas as unidades prisionais do estado. Dentre os remédios estão o Diazepam - ansiolítico - e a Risperidona, essencial para o tratamento de pessoas com esquizofrenia e com quadros de psicose. 

"Tem pelo menos um preso com problemas mentais em cada presídio, são locais não adequados. O MP será acionado, hoje vamos oficializar denúncia, vamos buscar o ... promotor para que a situação não se repita. Em 2012 já houve um problema assim e foi interdidato o Hospital Penitenciário. Entra e sai secretário e falta compromisso", disse.

Na tarde de ontem, durante um surto, o detento chegou a quebrar a grade de uma das janelas da unidade prisional, devido à agressividade. O sindicato denuncia que desde julho as unidades estão sem remédios e que cerca de 28 medicamentos estão em falta.

"São remédios extremamente essenciais para os presos, para controle dessas pessoas. Um preso não medicado apresenta agressividade contra ele mesmo, com outros presos e servidores. O sindicato vem a público informar que a Sejus [Secretaria de Justiça] tem responsabilidade sobre o medicamento", declarou Kleiton. 

A Sejus informou que logo após o ocorrido o interno foi conduzido por escolta policial ao Hospital Areolino de Abreu. O homem foi consultado, medicado e retornou à Major César calmo e devidamente orientado. A informação é de que a diretoria farmacêutica já foi acionada para enviar os medicamentos às penitenciárias. 

 

Maria Romero
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