Uma proposta que pode suspender o Movimento Polícia Legal deverá ser apresentada ao governador Wellington Dias pelo secretário de Segurança, Fábio Abreu. A sugestão foi dada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), William Guimarães, numa reunião no início da tarde deste sábado(05), secretários de Segurança e Justiça, Fábio Abreu e Daniel Oliveira, deputados estaduais Rubem Martins (PSB) e Evaldo Gomes (PTC) e os vereadores R. Silva (PP) e Edvaldo Marques (PSB) e os advogados das associações unidas.

De acordo com o vereador R. Silva, o principal ponto para abrir um canal de negociação com o governo é a revogação dos mandados de prisão dos líderes e o relaxamento da prisão do líder já detido. “Se o governador aceitar, vamos suspender o movimento e 72 horas após a revogação das prisões iremos iniciar uma reunião para tentar chegar a um acordo com o governo sobre nossas pautas”, explica R. Silva. 

O parlamentar não quis adiantar quais pontos podem ser alterados na pauta de reivindicações dos militares e que isso só será tratado quando a comissão estiver com o governo, mas só acontecerá se não houver ameaça de prisão. “Nós temos uma posição de não negociar com nossos líderes algemados. A própria OAB concordou, já que se não houver entendimento, não teríamos a garantia de não haver acordo”, declarou. 

Os pedidos de prisões dos 15 líderes do Movimento Polícia Legal foram feitos pelo comando geral ao juiz Luiz Moura, da Central de Inquéritos, na última quarta-feira(02). Até o momento, apenas um mandado foi cumprido.  

R. Silva revela que os mandados deixaram todos surpresos. “Isso nunca aconteceu na história do Piauí, da democracia de líderes que buscam seus direitos através de diálogo, de associações, serem presos e algemados e tentar negociar dessa forma. Então a condição número um para negociar é o relaxamento dessas prisões”, concluiu. 

Caroline Oliveira
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