Foto: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

O estudante de História da Ufpi, investigado por suspeita de incitar o racismo nas redes sociais em Teresina, teria feito pelo menos 120 vítimas que prestaram queixas na Delegacia Virtual. O delegado Emir Maia, titular da Delegacia de Repressão às Condutas Discriminatórias, informou nesta quinta-feira (18) que vai pedir a prisão preventiva do rapaz.

O delegado declarou que já acionou a Polícia Federal para impedir a saída do jovem no Brasil. O estudante está em Recife-PE onde foi pedir a liberação do seu passaporte para viajar para Holanda.

“Ele fez tudo premeditado. Fez o pedido do passaporte no dia 03 de fevereiro, ele já está planejando sair do Brasil, porém a Polícia Federal já está acionada e ele até pode sair do país, mas nós vamos acionar a Interpol e pegá-lo onde estiver”, declarou o delegado. 

Emir Maia disse ainda que se confirmadas as denúncias das 120 vítimas, o estudante pode ter as penas acumuladas. O crime de incitação ao racismo prevê reclusão de até cinco anos. 

Segundo a polícia, o pedido de prisão é importante porque o suspeito apresenta sinais claros de psicopatia e pode oferecer risco à vida de outras pessoas.

“Esse rapaz não demonstra qualquer tipo de arrependimento ou remorso do que faz. Acredita nas mentiras que diz, demonstrando frieza em suas ações. É bastante inteligente e tem grande poder de persuasão. Ele fez inclusive ameaça de morte ao seus próprios pais”, afirmou o delegado.

Ainda hoje (18) uma ex-companheira do suspeito será ouvida pelo delegado devido às denúncias feitas por ela de que estaria sofrendo assédio e tortura psicológica por parte do jovem.

As mensagens publicadas pelo estudante de História no Facebook afirmavam que pessoas negras pertencem a uma "raça inferior". Além disso, diziam que índios são "animais que vivem na natureza como os irracionais". 

Flash de Maria Romero 
Redação Caroline Oliveira
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