Cidadeverde.com

Em sabatina, Everton Diego defende gestão participativa e rebate críticas

Imprimir

Representante do PSOL na disputa pela chefia do executivo municipal, o candidato Everton Diego destacou prioridades de governo e um projeto de gestão democrática, bem como na maior liberdade na educação, em sabatina ao vivo realizada pelo portal CidadeVerde.com. Além disso, ele esclareceu críticas sobre o modelo socialista e consumo de bens.

Apresentada pela coordenadora do portal CidadeVerde.com, Yala Sena, e pelo apresentador Joelson Giordani, a sabatina foi transmitida ao vivo através do Facebook e contou com várias perguntas de internautas durante meia hora. 

O candidato iniciou apresentando o seu modelo de gestão, o que segundo ele que teria um diferencial ao levar em consideração as prioridades levantadas pela própria população como demanda. Segundo Everton Diego, hoje o modelo de legislação eleitoral é injusta com os partidos menores, mas mesmo assim está conseguindo as propostas do partido para a população.  

“As pessoas chegam até nós e nos reconhecem como oposição necessária, um instrumento de dar voz aos anseios da população. Na questão do voto, temos um empecilho que favorece os partidos da ordem, quando distribuem o tempo de programa, não obriga a convidar todos os candidatos para os debates. Com mais tempo de campanha, os candidatos utilizam do marketing e tem boa visibilidade e hoje a gente não chega onde deve chegar por falta de visibilidade”, destaca.

Outro ponto polêmico é acerca de uma confusão que as pessoas fazem sobre o modelo capitalista e socialista acerca dos bens de consumo e distribuição de riquezas, defendido por Diego, que havia sido fotografado em uma rede de fast-food que é um dos símbolos capitalistas. “É uma confusão comum. Acham que o socialista deve distribuir bens e riquezas. Somos socialistas porque defendemos uma sociedade menos desigual e percebo o incomodo de pessoas com a palavra socialismo, que é fruto de campanha histórica. Quando se pergunta para eles o que é o socialismo não sabem dizer e dizem sem conhecer”, argumenta. “Não teria problema nenhum se tivesse comendo. Eu não preciso me isolar do sistema. Ser contra o capitalismo não é abrir mão dos bens que ele oferece. Os direitos são para todos. Não gosto de perder tempo com essa discussão porque isso é algo que pouco gera e prefiro falar sobre propostas”, completa.

O candidato foi questionado sobre a legalização das drogas e fez questão de frisar que isso não é uma discussão que cabe ao prefeito, mas sim ao Legislativo. No entanto, alega que é necessário discutir sobre a criminalização. “Não defendemos a liberação das drogas, porque elas estão liberadas há muito tempo, pois só o que temos são usuários. Falamos isso porque as pessoas morrem na guerra com a proibição e é necessário discutir políticas sobre as drogas. Droga pra nós é questão de saúde, não precisam de bala e de cadeia. Já pensou pedir cadeia pra quem usa álcool? Todas elas são drogas e pessoas que são dependentes precisam é de tratamento”, esclareceu.

Com relação ao modelo de gestão participativa, ele explica que não vai transferir a responsabilidade de administrar a cidade para a população, mas sim a decisão do que deve ser prioridade. “A população tem que estar integrada às questões orçamentarias. O papel da câmara passará a ser importante. Se a população elege o que é prioridade, ela vai levar em conta o que é prioridade pra ela. Veja o projeto da climatização dos ônibus e a câmara achou por bem de não aprovar. Hoje os vereadores estão se virando pra explicar porque votaram contra um interesse da população”, afirma.

Diego Iglesias
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais