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Presos em concurso tinham esboço de gabarito e são eliminados pela Sejus

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O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), delegado Carlos César Camelo, em entrevista coletiva sobre a tentativa de fraude do concurso para agente penitenciário da Secretaria de Justiça, afirmou que foram encontrados esboços de gabarito com dois dos quatro detidos.

As supostas questões da prova foram apreendidas com o advogado e com a mulher que foram presos em flagrantes. Segundo a polícia, o gabarito encontrado com os suspeitos correspondia em 50% da prova oficial. 

Além disso, ele não confirmou o vazamento do gabarito e disse que a investigação iniciou a partir da análise da lista de inscritos no certame, repassada pelo Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (NUCEPE) à polícia, onde foi constatado que alguns dos envolvidos na organização criminosa que fraudou o concurso do Tribunal de Justiça, no final do ano passado, constavam como inscritos no concurso da Secretaria de Justiça, que aconteceu no último domingo (18). 

“A partir desse levantamento, nós mobilizamos cerca de 50 policiais para agir de forma descaracterizada com vigilância, no dia do concurso, observando os principais suspeitos. Então, chegamos a quatro pessoas: duas delas carregando colas e anotações e outras duas com esboço de um gabarito, onde cerca de 50% dele batia com o gabarito oficial da prova”, declarou o delegado.

Ele esclareceu que a mulher e um dos homens estavam com o esboço do gabarito. O caso ainda está sob investigação e a situação atual é de flagrante delito. O inquérito foi iniciado com as prisões e as apurações continuam.

O coordenador disse ainda que o gabarito da prova do advogado Evilásio Rodrigues, um dos quatro presos na operação, era idêntico ao que foi encontrado com a mulher e um dos suspeitos. Carlos César informou que os suspeitos permanecem praticamente em silêncio, sem dar informações sobre o caso e que as apurações serão feitas de outra forma, que não com o auxílio dos suspeitos, já que nesses casos eles não vão conseguir contribuir com as investigações. 

O secretário de Justiça do Estado, Daniel Oliveira, afirmou que “o concurso segue normalmente já que não foi confirmada fraude, mas apenas uma tentativa isolada de fraudar o certame” e que os suspeitos de envolvimento já foram automaticamente eliminados. “Se a medida que a investigação avançar, forem encontrados mais suspeitos e constatado o envolvimento de mais pessoas, eles também serão eliminados. Mas até agora, não vemos motivo para anular o concurso”, destacou o secretário.
  
 

Lyza Freitas  
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