O portal Cidadeverde.com encerrou nesta terça-feira (20) uma série de sabatinas com os candidatos à prefeitura de Teresina. Luciane Santos (PSTU) foi a última a responder as perguntas dos internautas, através do Facebook. Ela fez críticas ao PT, apontado como “traidor da classe trabalhadora” e propôs a criação de empresas municipais para gerenciar os serviços como transporte, água e saneamento, batendo de frente contra a proposta de privatização da Agespisa. Além disso, ela defendeu uma greve geral com todos os trabalhadores em todo o país para travar o governo Michel Temer e que as propostas populares devam sobrepor às propostas da Câmara.

As sabatinas foram realizadas com o objetivo de ouvir propostas e oferecer um espaço de interação entre os candidatos e internautas, que participaram ativamente com perguntas durante meia hora de participação ao vivo transmitida pelo Facebook e pela página do CidadeVerde.com.

A última sabatina foi comandada pela jornalista Yala Sena, coordenadora do Portal Cidade Verde, e o comentarista político Elivaldo Barbosa. Na ocasião, Luciane Santos (PSTU) fez questão de apresentar um novo sistema de governo com participação popular acima da atuação da câmara de vereadores, bem como as bandeiras do que ela defende que seja “a verdadeira esquerda”.

Luciane Santos afirma que está na disputa por decisão do partido, que entra na disputa para mostrar e defender a realidade dos trabalhadores, das mulheres, dos negros e a população LGBT. “O que se vê é que na prática esses setores são os que mais sofrem com crise econômica e retirada de direitos. Não basta ver os ataques a classe trabalhadora como a previdência que está colocando 75 anos com prazo mínimo para aposentadoria. Fora a CLT que está aumentando a carga horária para 12h”, reclama.

Defendendo um partido socialista, ela foi questionada sobre o regime de esquerda, que segundo internautas não teriam dado certo em países como Cuba. Ela respondeu com uma pergunta: “Qual é o pais capitalista que tem dado certo? Nós do PSTU dizemos que é possível construir uma sociedade diferente que não se apoia na exploração da classe trabalhadora, onde aqueles que produzem a riqueza da nação pode usufruir da riqueza e dos bens que produz”, explica.

Com relação ao plano de governo, Luciane afirmou que entra com uma proposta de gestão participativa formada por conselhos populares. “Só pode dizer quem está precisando, no município, no estado e no país são os trabalhadores. Defendemos a criação de conselhos populares onde os trabalhadores dizem onde será destinado o orçamento público. Dizer onde a saúde está precisando, os transporte público... A câmara se submeteria aos conselhos populares. Os trabalhadores diriam onde seriam submetidos os recursos e não os vereadores que ficam nas suas salas sem conhecer a realidade”, argumenta.

Além disso, Luciane defende um mandato revogável com novas regras e um salário que ela considera ser mais justo aos vereadores, que seria bem abaixo do que se pratica hoje. “Política não deve servir como profissão. Queremos que político perca os privilégios. Basta ver Teresina com maioria dos trabalhos com menos de um salário, não justifica o vereador receber mais de R$ 16 mil. Defendemos eleições gerais já, com novas regras e mandatos revogáveis e os que cometerem crimes eleitorais ser afastado do cargo”, afirma.

Diego Iglesias
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