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Procuradoria-Geral Federal entra com pedido de reintegração de posse da reitoria da UFPI

A Procuradoria-Geral Federal entrou com pedido de reintegração de posse da reitoria da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), que está ocupada por estudantes desde o dia 18 de outubro desde ano. O procurador-chefe adjunto, Dr. Virgolino da Silva Coelho Neto, informou ao Cidadeverde.com que, na manhã desta quarta-feira (9), uma equipe da Justiça Federal esteve presente na ocupação para averiguar a situação, antes de oficializar uma decisão judicial. 

Dr, Virgulino disse ainda que uma audiência deverá ser realizada ainda nesta semana para que, diante de um acordo, os estudantes saiam pacificamente do espaço. 

“Não há uma decisão judicial, nem liminar de reintegração de posse, o juiz apenas fez uma inspeção no local e deve designar uma audiência de conciliação. Houve um pedido de  reintegração da PGF ajuizada em nome da Universidade, mas ainda não foi concedida. A inspeção é um ato processual em que o juiz com os seus assessores fazem uma verificação in loco da situação”,  explicou o procurador-chefe adjunto. 

Dr. Virgulino ressaltou que a ocupação, apesar do reitor da Ufpi, José Arimatéia Dantas Lopes, tentar negociar diretamente com os estudantes, já se estendeu por muito tempo. O procurador também destacou que o movimento está afetando o trabalho da Procuradoria, que tem sede próxima a reitoria. 

“A ocupação se estende há um bom tempo. O reitor tem tentando negociar e defende o direito de manifestação dos estudantes. O movimento passou a comprometer as atividades da Procuradoria, que funciona no mesmo prédio da reitoria como, por exemplo, o acesso à sala. Nós não tínhamos mais como trabalhar e atender a demanda da Justiça, temos contratos a serem firmados com pena do dinheiro não ser aplicado, até mesmo o atendimento aos próprios estudantes afetou”, comentou. 

Nesta semana, a reitoria da Ufpi respondeu a carta de reivindicações dos estudantes. Com relação às pautas, Dr. Virgulino explicou que, a nível local, o reitor buscou atender e esclarecer ponto a ponto, com destaca a carta resposta. 

“A ação de reintegração de posse não é para endurecer, é mais para ampliar o espaço de negociação. Primeiramente, a pauta era a PEC 241, que não se insere na competência do reitor. Aqui não tem como resultar em uma influência lá. Por outro lado, o reitor sempre se dispôs a negociar com pautas locais”, disse. 

 

Carlienne Carpaso
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