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Elize Matsunaga faz aniversário no 2º dia de júri

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A bacharel em direito Elize Araújo Kitano Matsunaga completa 35 anos de idade nesta terça-feira (29), no segundo dia do seu julgamento pelo assassinato do marido, o diretor da empresa de produtos alimentícios Yoki, Marcos Kitano Matsunaga. Depois de um primeiro dia marcado por muita tensão, com depoimentos de duas babás e do detetiva contratado por Elize para flagra a traição do marido, o juri nesta terça deve debater se ela teve ajuda de uma terceira pessoa para cometer o crime.

Nascida em Chopinzinho, no Paraná, Elize é ré no processo no qual responde presa pela acusação de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), destruição e ocultação de cadáver. Ela confessou que atirou na cabeça da vítima com uma arma e depois a esquartejou em sete partes em 19 de maio de 2012.

O júri popular começou na segunda-feira (28) no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital, com os depoimentos das testemunhas de acusação indicadas pelo Ministério Público Estadual (MPE). Nesta terça ocorrerão mais depoimentos.

Para a Promotoria, Elize matou o marido para ficar com o dinheiro de um seguro de vida no valor de R$ 600 mil. O promotor José Carlos Cosenzo ainda suspeita que ela tenha tido a ajuda de outra pessoa _a Polícia Civil ainda investiga essa hipótese.

"Eu sou promotor de justiça, eu não invento laudo. Eu trabalho com laudos. O perito me dá o laudo que tem duas ou mais pessoas na cena do crime. Primeiro que quem fez os cortes nos membros superiores e no pescoço não conhece nem um pouco de técnicas de anatomia. Aquele que fez o abdômen e o joelho é profundo conhecedor de anatomia. Quem faz um corte de anatomia, que consegue segurar os órgãos nobres é evidente que nao pode fazer sozinho. Tecnicamente não faz sozinho", disse Consenzo após o primeiro dia de julgamento.

"Além do que, nós temos um documento que está nos autos de que foi coletado material biológico de três pessoas. Da Elize, do Marcos e de uma outra pessoa do sexo masculino que não é ele. Só que em razão da dinâmica processual você não vai discutir essa terceira pessoa no processo, porque se nós descobrirmos essa terceira pessoa teria que ser processada num processo autônomo, individual, separado e não daria tempo. Se nós encontrarmos efetivamente e identificarmos essa pessoa, ele será processado pelo crime de destruição e ocultação de cadáver."

A defesa de Elize é feita pelos advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio. No entendimento deles, a ré matou Marcos para se defender das agressões do empresário, se desesperou e cometeu o esquartejamento. Naquela ocasião, ela havia contratado um detetive particular que revelou que o marido a traía com uma amante.

"Ela matou em momento de intensa discussão, uma briga, o desenrolar de um fato, que ela não esperava matar seu marido. De acordo com aquela discussão tão elevada, aquela agressão que acontecia há meses na casa deles. Era uma rotina diária de brigas e pelos mais diversos motivos, ela estava sim dentro de um abuso em casa há muito tempo e neste momento ela acaba perdendo a cabeça e acabou disparando contra seu marido. Ela esquartejou sozinha. O promotor está a quatro anos e meio tentando encontrar essa terceira pessoa e até agora não achou vai ficar muito claro com o depoimento do delegado que não a terceira pessoa", disse Santoro.

Das 21 testemunhas listadas, duas foram dispensadas: um delegado e o reverendo que casou Elize e Marcos. Três já deram depoimento na segunda-feira. Faltam mais 16.

Após ouvir os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, ocorre o interrogatório da ré. Posteriormente, MPE e defesa fazem as últimas alegações e os sete jurados se reúnem para decidir se condenam ou absolvem a acusada.

Em seguida, o juiz Adilson Paukoski Simoni aplicará a sentença.

Fonte: G1

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