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Promotor ingressa com denúncia contra Emir Martins e mais 11 por peculato

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O Ministério Público do Piauí, através do promotor Rômulo Cordão, ingressou com uma denúncia contra o ex-procurador geral de Justiça do Estado, Emir Martins Filho, e mais 11 pessoas por crime de peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha, como desdobramento da operação ‘Il Capo’. 

Além disso, a denúncia diz que os envolvidos faziam inserção falsa em banco de dados públicos para adulterar pagamentos.

Nesta sexta-feira (16), o promotor e coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, Gaeco, -órgão ligado a Ministério Público - falou ao Cidadeverde.com que a maioria dos indiciados na operação ‘Il Capo’ eram parentes do ex-procurador (ex-esposa, cunhadas, nora, sobrinhas, genro), além de servidores do MP/PI. Ainda de acordo com Rômulo Cordão, foi solicitada a imputação de débito de cerca de R$ 12,6 milhões pela fraude.

De acordo com o promotor, o esquema funcionava de diversas formas.Uma delas consistia em incluir nome de familiares na folha de pagamento do Ministério Público do Estado, que sequer tinham matrícula no órgão. Outra forma de atuação consistia no aliciamento de estagiários que recebiam salários de R$ 30 mil, quantia que era depois destinada às contas do ex-procurador. 

Rômulo Cordão explicou também que o crime era feito através da folha de pagamento de servidores do Ministério Público. “O procurador enviava a folha de pagamento  para o TCE com o valor que deveria ser pago, só que na conta bancária eles depositavam valores a mais para servidores, Para os órgãos de controle formalmente estava pago, mas quando caia na conta, eram outros valores”. 

Segundo o promotor, havia uma folha de pagamento secreta dentro do MP na época em que foi procurador, de 2004 a 2008. “A ação foi dolosa, premeditada”, complementou.

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