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Rússia: Explosão deixa ao menos nove mortos e dezenas de feridos no metrô

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Uma explosão deixou pelo menos nove mortos e mais de 20 feridos no metrô de São Petersburgo, na Rússia, nesta segunda-feira (3). Os relatos são de que o incidente provocou graves danos à estação de Sennaya Ploshchad. Todas as estações foram fechadas, de acordo com autoridades do metrô, e 41 ambulâncias foram encaminhadas para socorrer as vítimas. 

O presidente russo, Vladimir Putin, está hoje na cidade para um encontro com o presidente da Bielorrúsia, Aleksandr Lukashenko. Ele já se pronunciou, dizendo que investigadores consideram terrorismo como possibilidade e expressando condolências às famílias das vítimas.

Inicialmente, falava-se em dupla explosão. Mas, pouco depois, as autoridades disseram que houve apenas uma explosão entre duas estações ligadas entre si: Sennaya Ploshchad e Instituto de Tecnologia. A bomba caseira utilizada tinha o equivalente a 200 gramas de TNT e foi colocada em um vagão.

Além disso, autoridades haviam anunciado pelo menos dez mortes no incidente, mas agora o número foi rebaixado a nove. Uma outra bomba caseira foi encontrada numa terceira estação de metrô, Ploshchad Vosstaniya, e agentes de combate ao terrorismo conseguiram desativá-la antes que houvesse danos ou feridos.

— Houve apenas uma explosão em um local entre duas estações, enquanto o trem chegava ao Instituto de Tecnologia vindo da estação Sennaya Ploshchad — disse uma fonte dos serviços de emergência. 

A explosão teria acontecido entre as estações Sennaya Ploshchad e Instituto de Tecnologia. As duas estão na linha 2 do metrô, sendo a última, uma estação de transferência entre as linhas 1 e 2. O metrô de São Petersburgo é um dos mais profundos do mundo e recebe cerca de três milhões de passageiros diariamente. É um dos dez mais movimentados sistemas de metrô do planeta. Pelo menos 22 pessoas foram hospitalizadas.

Putin não descartou terrorismo entre as possibilidades, mas não indicou qual é a maior suspeita neste momento. Enquanto isso, no entanto, o procurador-geral russo chamou o incidente de ato terrorista.

— Eu já falei com o chefe dos nossos serviços especiais, eles estão trabalhando para apurar a causa (das explosões — disse Putin. — As causas ainda não estão claras, é muito cedo. Nós vamos investigar todas as possíveis causas, incluindo terrorismo e crime doméstico.

O "Daily Mail", por sua vez, cita uma bomba de pregos. A rede CNN diz que há crianças entre os feridos.

 

 

No Twitter, imagens foram publicadas mostrando a porta de um vagão totalmente destruída, num ambiente de muita confusão, e várias pessoas feridas com manchas de sangue. É possível ver que uma estação de metrô está repleta de fumaça, enquanto usuários correm agitadamente, algumas pedindo por socorro, e outras pessoas saem pelas janelas de um vagão destruído.

— As pessoas estavam sangrando, os seus cabelos queimaram. Nós recebemos ordens para nos dirigirmos à saída, porque o movimento parou. As pessoas simplesmente fugiram. Minha namorada estava no próximo carro que explodiu. Quando ela saiu, viu que pessoas haviam sido mutiladas — relatou uma testemunha à TV "Life News".

Testemunhas temem que a explosão tenha sido causada por uma bomba, e a unidade de combate ao terrorismo da Rússia está participando das investigações. Autoridades dizem que já tomam medidas para evitar mais explosões, enquanto as estações de metrô já foram completamente esvaziadas.

Autoridades não emitiram comentários oficiais sobre a história. Além de ser a segunda cidade mais importante do país, São Petersburgo é a cidade natal do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Segundo o Kremlin, o chefe do governo já foi informado sobre o caso.

A Rússia tem sido alvo de ataques de militantes chechenos nos últimos anos. Líderes rebeldes chechenos têm frequentemente ameaçado realizar mais ataques. Pelo menos 38 pessoas foram mortas em 2010 quando foram detonadas duas bombas em trens de metrô lotados em Moscou.

Além disso, o Estado Islâmico havia pedido que a Rússia fosse atacada em reação à intervenção de Moscou na Síria, em apoio às forças do presidente Bashar al-Assad desde setembro de 2015. Os serviços de segurança da Rússia em várias ocasiões relataram ter desmantelado células jihadistas que pretendiam atacar em Moscou e São Petersburgo.

Fonte: O Globo

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