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Atlas da Violência: taxa de homicídios no Piauí recua pela 1ª vez em oito anos

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Foto: Wilson Filho/Cidade Verde

Dados do Atlas da Violência, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), apontam um recuo nas taxas de homicídio no Piauí, que apresentavam crescimento nos últimos oito anos. A variação na taxa de assassinatos ocorridos no estado foi 9,6% menor que em 2015 no comparativo com o ano anterior. 

Veja o estudo na íntegra

O estudo avalia assassinatos entre 2005 a 2015. Neste período, a taxa de homicídios do Piauí subiu 65,8%. Quando feito o recorte apenas entre 2010 e 2015, houve crescimento de 54% - terceiro maior percentual entre todos os estados brasileiros, atrás apenas de Sergipe (77,7%) e Rio Grande do Norte (75,5%). 

A taxa de homicídios do Piauí, que em 2005 era de 12,2 para cada 100 mil habitantes, começou chegou a 11,6 em 2008 e não parou de crescer. Seu ápice veio em 2014 (22,4). No ano seguinte, houve o recuo nos assassinatos (20,3). A tendência é nacional e apenas nove das 27 unidades federativas não apresentaram queda nos índices do último ano analisado. 

Ainda que tenha existido aumento no número de assassinatos nos últimos 10 anos, a taxa do Piauí (20,3) ainda é a terceira menor do país, atrás apenas de São Paulo (12,2 por 100 mil habitantes) e Santa Catarina (14). A maior taxa registrada é de Sergipe (58,1), seguido por Alagoas (52,3).

Em 10 anos, o número de homicídios no Piauí chegou a dobrar, passando de 368 casos em 2005 para 717 assassinatos em 2014. A redução nas mortes veio em 2015, com 650 registros no estado.

A tendência de queda também é observada nos homicídios entre jovens de 15 a 29 anos. Foram 328 mortes em 2015. A taxa, que no primeiro ano do estudo era de 22,8 homicídios para 100 mil jovens, chegou a 47,3 em 2014 e caiu para de 40 em 2015.

Negros
A taxa de homicídio de negros também apresentou redução de 11,1%, sendo 21,7 mortes por 100 mil habitantes em 2015. O número de não negros assassinados foi de 8,6 por 100 mil habitantes no mesmo ano, um crescimento de 53%. 

Fábio Lima
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