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HUT gasta R$ 12 milhões por mês com vítimas de acidentes e agressões

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Foto: Thiago Amaral/Arquivo/Cidadeverde.com

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) gasta com pacientes vítimas de agresssões e traumas o triplo do que é despendiado com os internados por outros problemas de saúde. Os números foram revelados pelo diretor do hospital, Gilberto Albuquerque, em entrevista para a Rádio Cidade Verde, nesta quinta-feira (22). 

Os dados apontam que são R$ 12 milhões mensais em despesas com pacientes internados com traumas provocados pro acidentes ou agressões. Já os gastos com pessoas internadas por outros casos chega a R$ 4 milhões. 

A preocupação com esses números aumentou depois do último feriado prolongado, de Corpus Christi, no qual o HUT registrou aumento de 160% nas internações provocadas por agressões por espancamento e 140% nos pacientes que deram entrada vítimas de arma de fogo. 

"A gente trabalha o tempo todo em cima dos acidentes de moto, mas a gente não pode esquecer esse número aí. Ele é um número significativo, ele envolve vários níveis da sociedade. Ele mostra muita intolerância que a população está tendo. Alguma coisa está errada e algo precisa ser feito", alertou o médico. 

Albuquerque levanta suspeitas sobre o que pode estar provocando uma maior intolerância da população com o outro e gerando o aumento nos números. A crise econômica e o uso de álcool ou drogas ilíticas podem estar entre os fatores. "Temos que avaliar esses dados e trabalhar em cima deles para a gente não continuar gastando o indevido", acrescentou.

O diretor do hospital comentou ainda que, nas festas de fim de ano, já foi registrado um aumento anormal na internação de pacientes vítimas de agressões por arma branca ou de fogo - 46%. "Já foi estranho porque foi um aumento acima do que a gente esperava para um período natalino", explicou. 

Os números de internações provocadas por fatos evitáveis serão encaminhados para outros órgãos. "Nós sempre fazemos um levantamento estatístico do hospital. E quando a gente encontra assim um número como esse, que está muito acima do que a gente esperava que fosse, de fatos que são evitáveis, a gente encaminha para as instituições responsáveis esses dados".

Ouça a entrevista na íntegra:

Fábio Lima
[email protected]

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