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Vídeo: dono de bar dá detalhes sobre a morte de maquinista

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O comerciante João Macedo Neto- proprietário do bar onde um cliente foi assassinado na noite de ontem (05)-  presenciou a morte de um cliente e contou detalhes a ação dos criminosos que assasinaram o maquinista do metrô de Teresina, Aderson Luís Nascimento. Ao relembrar o caso, ele chora e diz que, a princípio, não acreditou que era um assalto e pegou o facão apenas para 'fazer medo'. 

"Eles disseram que era um assalto e pra ninguém se mexer, senão morria. Peguei o facão só para fazer medo, pois quando vi eles, pensei que era molecagem. Só acreditei quando vi o 'cabra' com a faca na mão tentando me furar. Meu colega correu...na hora a pessoa não pensa, não tem raciocínio", disse o comerciante.

João Macedo conta que reagiu ao assalto e pegou um facão que estava guardado. Em seguida, deu um 'pano de facão' no bandido que revidou e o cortou no braço. Assustado, o cliente tentou fugir de moto, mas foi atingido com uma facada nas costas e morreu no local.

Dois bandidos participaram do latrocínio, mas apenas um teria agido diretamente. O outro esperava do lado de fora. Após o latrocínio, a dupla fugiu a pé. 

O comerciante conseguiu escapar apenas com um ferimento no braço. O caso ocorreu a menos de 24 horas e, apesar de estar visivelmente abalado, ele disse que não teve medo. 

"Não tive medo de morrer. Fiquei com raiva por ver meu colega morrendo...ele ficou com a faca encravada nas costas e ainda pediu pra eu tirar...após a facada ficou apenas 10 minutos vivo. Era muito sangue.. Estou muito triste em relação ao meu colega, uma pessoa tão de bem. Somos conterrâneos de Amarante. É um absurdo", lamentou o comerciante. 

Seu Macedo, como é conhecido, fez também um desabafo sobre a sensação de insegurança. 

"Fico revoltado com a nossa Justiça. Estou revoltado. Um vagabundo desse deveria passar muito tempo na cadeia após um crime bárbaro desses. Mas o cara passa apenas seis meses. Acho que aqueles moleques estavam de tornozeleira, pois estavam de calça comprida", finaliza o comerciante, que tem o bar há nove anos.

 

Graciane Sousa
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