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Operação policial deixa mais de 22 mil alunos sem aulas

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A Secretaria Municipal de Educação informou que mais de 22 mil alunos ficaram sem aulas na manhã desta segunda-feira (21) devido ao clima de insegurança em comunidades na Zona Norte do Rio de Janeiro. Somente na região do Jacarezinho, onde ocorre uma megaoperação das forças de segurança nesta manhã, foram 21.244 alunos afetados.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as escolas só funcionaram normalmente em oito de 107 dias letivos no primeiro semestre desse ano. De acordo com a SME, 381 escolas municipais ficaram fechadas pelo menos um dia, afetando 131 mil alunos.

As regiões próximas aos locais em que acontecem a megaoperação da polícia afetadas são em Manguinhos e Benfica, onde 5.685 alunos de 6 escolas, 4 creches, 2 Espaços de Desenvolvimento Infantil ficaram sem aulas; Higienópolis, com 3.479 alunos em 6 escolas; Maria da Graça, onde 850 alunos de 1 escola não tiveram aula; Nos bairros do Rocha e de Triagem, com 1.455 alunos de 2 escolas e 1 Espaço de Desenvolvimento Infantil; No Jacaré e no Jacarezinho, com 2.395 crianças e adolescentes de 4 escolas, 4 creches, 2 Espaços de Desenvolvimento Infantil.

Nas áreas onde ocorrem atuação das forças de segurança, o Complexo do Alemão foi o mais afetado, com 5.604 alunos de 5 escolas, 1 creche, 6 Espaços de Desenvolvimento Infantil fora de sala de aula. Já Del Castilho teve 1.502 alunos de 4 escolas e 1 Espaço de Desenvolvimento Infantil e, no Cachambi 274 alunos de 1 escola.

 

Desde o início da manhã, as Forças Armadas e as polícias já prenderam 18 suspeitos, inclusive um soldado recruta do Exército, na ação que acontece nas favelas de Manguinhos, Bandeira Dois, Jacarezinho, Parque Arará, Mandela e Condomínio Morar Carioca e Alemão, na Zona Norte. O objetivo da ação conjunta é prender 14 traficantes, além de armas e drogas.

Além destes locais onde ocorre a operação, alunos também ficaram sem aulas no Complexo do Chapadão, onde há 1.304 alunos de 2 escolas, 2 creches, sem aulas.

No total foram 31 escolas, 11 creches e 12 Espaços de Desenvolvimento Infantil e 22.548 alunos sem aulas. De acordo com a prefeitura do Rio, este é considerado o recorde de alunos fora de sala de aula esse ano.

Operações perto de escolas
Como operações das polícias Militar e Civil do Rio têm sido recorrentes, a Secretaria de Estado de Segurança determinou, na semana passada, que durante as incursões as instituições não poderão basear agentes, durante operações, dentro de escolas e hospitais perto de suas entradas.

A recomendação foi publicada na terça-feira (15) como orientação para as tropas das corporações e é assinada pelo secretário de Segurança, Roberto Sá. Os agentes também não deverão desencadeá-las, "sempre que possível", durante o horário de chegada ou saída dos alunos.

Na publicação, Sá ressalta a polícia deve proteger "toda e qualquer pessoa que não represente ameaça de morte ou de lesão corporal grave a terceiros ou a policiais" e ainda terem atitudes "não discriminatórias" com as pessoas que vão se deparar. O documento também pede para que a proteção da integridade física prevaleça sobre a prisão de um infrator.

Fonte: G1

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