Preso é amarrado e morto na Custódia; outro tem 40 perfurações pelo corpo

Em um único dia, três presos foram atacados dentro de presídios no Piauí. No início da noite, um detento foi morto na Casa de Custódia, o maior presídio do Estado. Pela manhã, um detento foi encontrado com 40 perfurações pelo corpo. Outro foi brutalmente agredido na penitenciária Irmão Guido.

O morto foi encontrado no pavilhão “G”, amarrado e com as costas manchadas com sangue. A pericia foi acionada para detectar as causas da morte.

O detento morto foi identificado como Erinaldo Alves dos Santos, 27 anos. Segundo o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Kleiton Holanda, a vítima é de Castelo do Piauí e estava a um ano na Custódia.

“Ele foi encontrado com uma lesão na cabeça indicando paulada. Ele estava marrado nas grades”. Na cela, segundo Kleiton Holanda só tinha um detento. A Secretaria Estadual de Justiça abriu processo administrativo para apurar os casos.

Atualizado às 18h30

Um preso foi encontrado nesta quinta-feira (13) na Casa de Custódia com 40 perfurações pelo corpo. Rafael de Oliveira Carvalho, 25 anos, estava em cela do pavilhão “H” quando foi invadido por outros detentos. Os agentes penitenciários localizaram o preso agonizando e foi levado para o HUT (Hospital de Urgência de Teresina).

Rafael Carvalho é acusado de roubo qualificado e chegou na Casa de Custódia no dia 10 deste mês vindo do presídio de Esperantina.

“Ele estava com 40 perfurações pelo corpo e sobreviveu. Os presos atacaram o detento com vergalhões de ferro”, informou o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí, Kleiton Holanda.

Na tarde desta quinta, outro crime ocorreu em dependência de presídio. Desta vez, foi na penitenciária Irmão Guido quando um detento foi barbaramente agredido por desafetos. Edgar Ribeiro Rocha, 27 anos, foi esmurrado até desmaiar. Ele estava no pavilhão “A” onde abriga presos por bom comportamento.

Edgar Rocha foi levado ao IML para exames de corpo delito. “O exame é para evitar que as agressões sejam atribuídas aos agentes penitenciários”, disse Kleiton Holanda.