A direção do Setut (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina) emitiu comunicado na tarde desta quarta-feira (21) afirmando que somente o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) poderá resolver o impasse com os rodoviários. Nesta sexta-feira (23), os trabalhadores param por tempo indeterminado.
A nota ressalta que fez máximo esforço para entrar em entendimento e evitar a greve dos rodoviários em Teresina. Segundo a nota, a falta de reajuste da passagem provoca "limitações financeiras" que impedem que o setor empresarial possa oferecer um percentual superior a 7%.
Evelin Santos/Cidadeverde.com
A greve está marcada para a próxima sexta feira (23) e foi definida em assembleia do Sindicato dos Rodoviários, ocorrida na tarde de ontem (20). Os motoristas e cobradores reivindicavam no início do movimento um reajuste de 13% e na última rodada o valor baixou para 10%.
Na nota, o Setut explica que ocorreram três rodadas de negociações entre os dois sindicatos, reitera que continua aberto a entendimento para evitar o movimento e "pede que a população compreenda a situação das empresas operadoras do sistema".
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O Cidadeverde.com tentou contato com a direção do Setut. Porém, foi informado que os diretores não concederão entrevistas e se posicionará sobre a greve apenas através dessa nota.
Veja a nota na íntegra
"O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) se esforçou, ao máximo, para chegar a um entendimento com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro). Infelizmente, não houve êxito na tentativa de celebrar um acordo coletivo, e evitar a greve anunciada para a próxima sexta-feira (23). Após três rodadas de negociação – duas delas realizadas sob a intermediação do Ministério Público do Trabalho –, os trabalhadores do setor resolveram rejeitar, em assembleia geral, todas as tentativas de entendimento, considerando as limitações financeiras das empresas do setor. É importante observar que há três anos não há qualquer tipo de repasse dos custos acumulados no período, fator que impediu maiores avanços nas negociações. O Setut reitera continuar aberto a um acordo que possa evitar o movimento grevista, e pede que a população compreenda a situação das empresas operadoras do sistema. Assim sendo, o Setut aguarda o chamado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para voltar a negociar e chegar a um denominador comum que atenda ao interesse dos trabalhadores, das empresas e dos usuários."
Leilane Nunes
