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Presos se rebelam na Casa de Custódia e Irmão Guido por falta de visitas

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  • _MG_1232.jpg Na penitenciária Irmão Guido, situação foi controlada por policiais
    Raoni Barbosa/Cidade Verde
  • _MG_1222.jpg Preso deixa a Casa de Custódia ferido e é levado para o HUT
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  • _MG_1221.jpg Detento foi ferido durante motim na Casa de Custódia
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  • _MG_1220.jpg Detento foi ferido durante motim na Casa de Custódia
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  • _MG_1212.jpg Raoni Barbosa/Cidade Verde
  • _MG_1207.jpg Greve suspendeu visitas na Casa de Custódia, o que revoltou os presos
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  • _MG_1201.jpg Ambulância deixa Casa de Custódia com presos feridos
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  • _MG_1193.jpg Parentes choram em busca de notícias na Casa de Custódia
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  • _MG_1177.jpg Raoni Barbosa/Cidade Verde
  • _MG_1171.jpg Dênio Marinho já havia alertado para a situação crítica
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  • _MG_1169.jpg Dênio Marinho, diretor da Casa de Custódia
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Atualizada às 14h53 (horário local)
Os motins na Casa de Custódia de Teresina e na penitenciária Irmão Guido, também na capital, foram contornados na tarde desta sexta-feira (28), segundo agentes ouvidos pelo Cidadeverde.com e TV Cidade Verde. A revolta dos presos terminou com três detentos feridos. 

Na Irmão Guido, os presos tentaram cavar um buraco para fugir da penitenciária, mas não conseguiram fugir. O motim começou por volta de 13h30. Detentos usaram barras de ferro e começaram a bater nas grades e mesmo com poucos agentes conseguiram controlar a situação. 

A penitenciária conta com 280 presos ao invés 147, sua capacidade. Segundo o agente Wesley Pereira, a situação ficou crítica e os funcionários temeram que os detentos conseguissem tomar conta da unidade prisional. Viaturas do Rone, Gate e Bope foram acionadas. 

Na Casa de Custódia, três presos saíram feridos após confronto com a polícia e foram levados para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). As lesões não aparentavam gravidade. 

Os presos se revoltaram pela falta de visitas, suspensas desde a última segunda-feira, quando agentes penitenciários cruzaram os braços. A categoria cobra cumprimento de acordo de reajuste salarial, não pago em virtude da crise financeira do Estado. O Cidadeverde.com também recebeu denúncia de falta de comida para os detentos. O diretor da Custódia informou o contrário. 

Atualizada às 14h04 (horário local)
Subiu para três o número de presos feridos no motim ocorrido na Casa de Custódia no final da manhã desta sexta-feira (28). A situação na unidade prisional já foi controlada e os feridos foram levados para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). 

De acordo com o técnico de enfermagem Girleno França, que atendeu os detentos, dois presos apresentam perfurações, no braço e no pulso. Outro teve um ferimento na cabeça. Porém, as lesões seriam leves. Os três serão submetidos a uma avaliação médica no HUT. 

Dênio Marinho, diretor da Casa de Custódia, informou que 160 presos se rebelaram nos pavilhões H e I. Segundo ele, não falta comida ou assistência aos detentos, mas desde segunda-feira eles não recebem visita íntima ou de familiares. O motivo é a greve dos agentes penitenciários. 

"Graças a Deus os demais não aderiram ao tumulto", disse Marinho, lembrando que a Casa de Custódia está superlotada. Os nove pavilhões hoje contam com quase 900 detentos, o triplo de presos em relação a sua capacidade.

Atualizado às 13h57 (horário local)

Presos do pavilhão H da Casa de Custódia de Teresina iniciaram um motim no final da manhã desta sexta-feira (28) por conta da falta de visitas, provocada pela greve dos agentes penitenciários. A confusão se ampliou nos pavilhões I e G. Dois detentos ficaram feridos.

A TV Cidade Verde apurou que ocorreu confronto com a polícia e entre os presos, que teriam sido atingidos por balas de borracha. Ambulâncias já chegaram ao presídio para levar os feridos. 

O diretor jurídico do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi) informou que a situação na Casa de Custódia foi controlada, mas outro motim começou na penitenciária Irmão Guido, também em Teresina. 

No pavilhão G, hoje com 95 presos, as grades foram quebradas. A Polícia Militar chegou para reforçar a segurança. "No pavilhão H não há mais probelma. O nosso medo é que essa ansiedade dos presos passe para os demais pavilhões e aí sim ocorra uma rebelião de grandes proporções", disse um diretor do Sinpoljuspi.

Dênio Marinho, diretor da Casa de Custódia, disse ontem que não saberia até quando poderia controlar o início de uma rebelião. Hoje ele anunciou que dois presos tentaram chegar até a guarda militar e foram feridos sem gravidade - um deles quebrou o pulso. 

"Isso aqui é anunciado. A falta da visita familiar, a falta da visita íntima, a gente conseguiu (segurar) até essa data. Essa Casa de Custódia é uma panela de pressão. Nós tentamos o máximo possível. Desde segunda-feira que a gente conversa, dialoga, alguns presos entenderam", declarou. 

O Secretário de Justiça, Wellington Rodrigues, confirmou que os presos da Casa de Custódia Ribamar Oliveira no pavilhão H estão rebelados por conta da falta de visitas íntimas, que estão proibidas por conta da greve dos agentes penitenciários.

De acordo com Rodrigues, foram deslocados o comando de operações prisionais, tropa de choque da Polícia Militar e a Rone. 

“O objetivo é tentar evitar o pior, já que eles ameaçam os agentes de corredores que são as primeiras vítimas. Mandamos o reforço para trabalhar na contenção dos presos”, destacou o secretário, que tomou posse hoje. 

Ele disse que os agentes penitenciários estiveram reunidos nesta manhã(28) com o secretário João Henrique Sousa e não conseguiram um acordo, por isso irão continuar a greve. "Quando estão em greve, os agentes só executam algumas medidas: o banho de sol, a alimentação dos presos e medicação, mas impede outros como: as visitas normais, íntimas e de advogados, a saída de presos para audiências", descreveu Wellington Rodrigues.

com informações de Solange Sousa e Gorete Santos (TV Cidade Verde)
Lucas Marreiros (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima e Caroline Oliveira (da Redação)

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