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Piauí é o 3º estado com maior percentual de alimentação fresca nos domicílios do país

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No Piauí, 64,3% dos alimentos consumidos nos domicílios são frescos. A taxa é a terceira maior do Brasil. O dado é resultado da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada na última sexta(03). 

Os dados são referentes ao período entre 2017 e 2018 que pesquisou sobre o cenário nacional quanto à disponibilidade de alimentação fresca nos domicílios. 

A média nacional era de 49,5% alimentos in natura das calorias totais disponíveis para consumo nos domicílios brasileiros. Os ingredientes culinários processados somavam 22,3%, os processados 9,8% e os ultraprocessados 18,4%. Na região Nordeste a média era de 54,5%. 

Em termos de percentual das calorias disponíveis de alimentos in natura e minimamente processados para consumo nos domicílios, o Piauí ocupa a terceira maior colocação no país (64,3%), ficando atrás do Maranhão (67,3%) e Tocantins (66,4%).

Segundo o IBGE, as calorias totais disponíveis para consumo nos domicílios dos demais grupos alimentícios são: 21% de ingredientes culinários processados, 4,1% de alimentos processados e 10,5% de alimentos ultraprocessados.

No Piauí, dentre os alimentos in natura e minimamente processados, destacam-se em termos de calorias disponíveis para consumo nos domicílios: arroz (29,5%), carne de aves (6,8%), farinha de milho/fubá (5,3%), feijão (4,3%), leite (4,1%), carne bovina (2,8%), frutas (2,4%), farinha de mandioca (1,5%) e macarrão (1,4%).

Cenário nacional

Nas regiões Norte e Nordeste, no meio rural e entre famílias com menor renda, a participação de alimentos in natura ou minimamente processados e de ingredientes culinários estava bem acima da média do país, ultrapassando três quartos da disponibilidade domiciliar de alimentos.

Nas regiões Sul e Sudeste e entre famílias com maior renda, embora alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários processados ainda predominam, alimentos ultraprocessados já representam mais de um quinto das calorias adquiridas.

“O ‘Guia alimentar para a população brasileira’ publicado em 2014, pelo Ministério da Saúde, recomenda: que a alimentação seja baseada em uma grande variedade de alimentos in natura ou minimamente processados; que ingredientes culinários processados sejam utilizados em pequena quantidade para transformar alimentos in natura em preparações culinárias; que alimentos processados, também em pequena quantidade, sejam utilizados como parte de ou para acompanhar preparações culinárias; e, finalmente, que o consumo de alimentos ultraprocessados seja evitado”, destaca o IBGE.

Aquisição de alimentos nos domicílios per capita anual (em Kg)

A seguir, elencamos os principais grupos de produtos alimentícios adquiridos nos domicílios em termos per capita anual, com a quantidade expressa em quilogramas (kg), trazendo uma posição do consumo dos mesmos no Piauí e no Brasil.

- Cereais e leguminosas
Os domicílios piauienses consumiram 52,58 quilos de cereais e leguminosas, per capta entre 2017 e 2018. Ocupando a segunda colocação, perdendo apenas para os maranhenses que consumiram 60,64 quilos. A média na Região Nordeste foi de 31,90 quilos e no Brasil, de 27,75 quilos. O estado com a menor média foi o Amazonas, com 17,21 kg.
O cereal mais consumido no Piauí é o arroz, com 42,2 quilos por pessoa anualmente, perdendo apenas para os maranhenses que consomem 52,47 quilos. 
Dentre as leguminosas, o feijão é o destaque em termos de aquisição nos domicílios do país. No estado do Piauí, a aquisição alimentar domiciliar per capita anual de feijão é de 6,87 quilos, abaixo da média da Região Nordeste que é de 7,89 kg e acima da média do Brasil, que é de 5,90 kg. 

- Hortaliças
Em termos de aquisição domiciliar per capita anual de hortaliças, o Piauí ocupa a 2ª posição na Região Nordeste, com 21,26 quilos, ficando atrás somente da Bahia, com 26,19 quilos. Em primeiro lugar no país, fica o estado de Santa Catarina, com 35,13 quilos.
As hortaliças com maior destaque em termos quantitativos de aquisição domiciliar no Piauí são o tomate, com 5,81 kg, e a cebola, com 4,71 kg.

- Frutas
Em relação as frutas, são consumidos 28,15 quilos por ano. Santa Catarina está em primeiro lugar com aquisição de 36,88 quilos.
No Piauí, as frutas que mais se destacam quanto à aquisição domiciliar são: a banana (7,09 kg), melancia (5,93 kg) e a laranja (5,03 kg).

- Panificados
A aquisição alimentar domiciliar per capita anual de panificados (pães, bolos e biscoitos), o Piauí registra a menor aquisição na Região Nordeste, com 10,63 kg, o equivalente a cerca de 55% da média de aquisição da região, que chega a 19,29 kg.

- Carnes
A aquisição alimentar domiciliar per capita anual de carnes (bovina, suína, de cabrito e carneiro) no Piauí é de 22,07 kg, a 2ª maior da Região Nordeste, inferior apenas à de Sergipe (23,89 kg). A média de aquisição domiciliar do Piauí é cerca de 18% maior que a média observada para a Região Nordeste (18,66 kg) e cerca de 7% superior à média registrada no Brasil (20,51 kg).

- Aves
Em relação as aves (em sua maior parte frango), o Piauí destaca-se com 18,18 kg, o maior valor da região Nordeste, cuja média ficou em 15,04 kg, cerca de 17% inferior ao valor registrado no Piauí. Em termos de Brasil, o Piauí ocupa a 4ª colocação, ficando atrás do Amapá (27,53 kg), Amazonas (22,28 kg) e Pará (18,25 kg).

- Bebidas
Quanto à aquisição domiciliar per capita anual de bebidas (alcoólicas, não alcoólicas, cafés e chás) o Piauí registrou 21,63 kg, cerca de 32% do observado para a região Nordeste (67,51 kg), o que representa a menor colocação dentre todos os estados da região. No Nordeste, o estado com a maior aquisição de bebidas é Pernambuco, com 140,50 kg, cerca de 549% a mais que o Piauí. Em termos de país, o Piauí tem a 3ª menor colocação, ficando atrás de Roraima (21,09 kg) e Tocantins (13,23 kg).

As bebidas mais adquiridas nos domicílios per capita anual no Piauí são: água mineral (9,17 kg), refrigerante de cola (4,1 kg), cafés (2,53 kg) e refrigerante de guaraná (2,01 kg).

 

 

Caroline Oliveira
Com informações do IBGE
[email protected]

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