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Com isolamento em 50%, Firmino defende lockdown "bem feito" em Teresina

Gráfico: PMT

O prefeito Firmino Filho defendeu as medidas de isolamento sejam cumpridas na capital com maior intensidade. Ele mostrou dados de duas empresas que são semelhantes e que giram em torno dos 50% em média. Veja os dados completos aqui.

"Estamos com índice de isolamento na casa de 50%, o que nos deixa bastante preocupado. Isso pode explicar a curva ter se acentuado. Nós tivemos entre 27 de março e 8 de abril, 5 óbitos. Note que na sequência passamos vários dias sem nem um óbito por causa da quarentena, mas depois do dia 19.04 começa a se avolumar. Especialmente no mês de maio está ficando mais grave. Isso precisa ser dito. Isso demonstra que essa doença está circulando cada vez mais e deixando um rastro de sofrimento. As pesquisas mostraram um crescimento muito grande nas últimas semanas, cerca de 52% por semana, o que é bastante elevado", destaca o prefeito.

"Para ficarmos seguros temos que fazer mais isolamento. Tudo que se fizer hoje só será visivel em 14 dias", afirmou.

Firmino lembrou os dados da pesquisa realizada em Teresina que mostram 17. 200 pessoas infectadas com o coronavírus. "Estamos resistindindo a tudo isso que está acontecendo no Nordeste. Aqui em Teresina estão aumentando muito os casos na zona Sul e também na Norte, ali da Primavera até o Mocambinho. O que a gente pode concluir é que a doença não é mais de uma ou duas regiões, está espalhada em toda a cidade. Se espalha cada vez mais", disse o gestor.

Lockdown precisa ser bem feito

Firmino defendeu a implantação de lockdown em Teresina, no entanto, ressaltou que a medida precisa ser bem feita e a população precisa cooperar.

"O Lockdown é mais intenso do que a quarentena e tem que ser bem feito. Não pode ser feito de qualquer jeito. Vai chegar ao ponto que não vamos dar assistencia para todo mundo. A quebra do isolamento se dá na população mais jovem entre 15 e 34 anos, justamente a que tem maior positividade. O lockdown deve ser em um momento oportuno", declarou.

"Temos que fazer uma escolha: ou quer preservar vidas ou não. Se a população não aderir não tem jeito. A decisão é baseada em dados e fatos. Aqui estou colocando dados. Temos que debater em cima de dados e fatos concretos. Está tendo um relaxamento e isso está possibilitando que o vírus cresça".

Sobre o rodízio de veículos, o gestor disse que a medida ainda está em análise. "Estamos estudando o rodizio e trabalhamos algumas hipóteses, mas nada será feito sem aviso e terá um periodo de adaptação. Na segunda ou terça teremos alguma informação acerca disso", disse Firmino.

Hérlon Moraes
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