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"Não é obrigar, é tratar covid-19 de forma igualitária", diz procurador Kelston Lages

Foto: Roberta Aline

Autor da ação civil pública que pede o governo para disponibilizar a hidroxicloroclina e outros medicamentos na rede pública, o procurador da República, Kelston Lages, faz questão de esclarecer: "Não queremos obrigar nada, impor tratamento de cima para baixo, queremos que os medicamentos sejam disponibilizados na rede pública e os pacientes tenham tratamento igualitário", afirmou o procurador.

Kelston Lages ingressou com ação civil pública pedindo que a Justiça Federal autorize a inclusão da hidrocloroquina, da azitromicina e de anticoagulante, na fase precoce, além de corticoides, no protocolo de tratamento de pacientes com covid-19. 

Ontem ocorreu uma audiência, comandada pela juíza Marina Rocha Cavalcanti Barros Mendes, da 5ª Vara Federal. A magistrada ouviu médicos e autoridades sobre os avanços e efeitos colaterais do uso da hidroxicloroquina.

O procurador disse que há relatos que 23 países estão adotando os medicamentos. 

A audiência foi para ouvir as entidades sobre o uso do protocolo covid-19 que irá prosseguir na quinta-feira (21) a partir das 14h. 

Nova diretriz

Na audiência, o representante do Ministério da Saúde antecipou que o governo federal iria editar uma portaria com diretrizes para uso dos medicamentos. Hoje, Ministério da Saúde muda protocolo e libera a cloroquina para todos os pacientes com coronavírus.

Kelston Lages ressaltou que o MPF defende o uso dos medicamentos após avaliação e prescrição médica. 

"O medicamento só chega para a classe mais alta, a população de baixa renda não está tendo acesso e isso é inaceitável perante a Constituição Federal", disse o procurador. 

Segundo ele, o tratamento não é a cura, mas uma alternativa que está se buscando.

"Depende de cada caso, precisa ser com prescrição médica. Queremos que seja permitido na rede pública, não necessariamente obrigatório, depende da análise de cada médico que faz o tratamento", disse.

 

 

Flash Yala Sena
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