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Governo estuda bônus para famílias carentes durante pandemia, diz Regina Sousa

A vice-governadora do Piauí, Regina Sousa, confirmou nesta terça que o Governo do Piauí estuda um projeto, talvez um bônus financeiro, para ajudar as famílias que ficaram de fora da assistência federal ou porque não chegaram a ter o Cadastro Único confirmado para receber os benefícios emergenciais diante da pandemia da Covid-19. O bônus ao contrário de só entregar a cesta básica, movimenta a economia local, diz a vice-governadora.

Segundo Regina Sousa, a Secretaria Estadual de Assistência Social (Sasc) faz um levantamento dessas famílias, que pode se aproximar ou passar das 20 mil. Os dados são cruzados com os presentes no Ministério da Cidadania para saber: as pessoas do Cadastro Único que ficaram de fora do auxílio emergencial e outras que nem Cadastro Único têm".

"Até o final do mês deverá ter um dado mais concreto. Imagino que deva ser umas 20 mil famílias, que o Estado vai ter que dar um jeito não de dar R$ 600, mas de dar alguma coisa, um bônus para essas famílias. Estamos trabalhando com a cesta básica, mas não queremos que seja só a cesta em si porque há questões políticas. Prefiro que dê um bônus para mobilizar a economia local: se dá um bônus a uma pessoa que está precisando muito e não recebeu nada, mas outras pessoas indiretamente também são beneficiadas", comentou. 

Por ser do grupo de risco, Regina Sousa disse que está trabalhando de casa e acrescenta que as próximas reuniões com o governador Wellington Dias deverá definir o crédito dessa cesta básica a ser repassada às famílias que ficaram de fora do auxílio emergencial federal. A vice disse ainda que o Governo Estadual também agiu diretamente na assistência de algumas famílias em todo o território piauiense, incluindo comunidades indígenas, quilombolas e mais periféricas.  A gestora ressalta que a população de rua também estão recebendo a atenção necessária com apoio da Pastoral de Rua. 

"Não atingiu todo mundo, mas atingimos, talvez, um mote que nunca antes tinha sido atingido: chegar nas periferias das pequenas cidades. Agora nós estamos fazendo o cruzamento de dados com o Ministério da Cidadania para saber quem ficou de fora: as pessoas do Cadastro Único que ficaram de fora e outras que nem Cadastro Único têm".

Centros de Isolamento 

A vice-governadora ressalta que está trabalhando em mais três projetos. "A questão dos abrigos, dos centros de acolhimentos de pessoas que não tem onde se isolar.  A pessoa que não tem onde se isolar deve ser encaminhada para esses centros. O primeiro deve ficar pronto em 15 dias. É algo bom que consegui negociar com a Fundação Itaú".

"A Fundação da Paz que vai gerenciar esse trabalho. Vai ter enfermeiros e cuidadores. Se a pessoa passar os 14 dias e não evoluir, vai pra casa", diz a vice-governadora. Antes de entrar no centro, as pessoas passarão por um questionário socioeconômico para saber se encaixam nas condições necessárias para se abrigar no local.  Esse projeto também conta com a parceira da Prefeitura de Teresina.

Adiamento de eleições 

Na oportunidade, Regina Sousa avaliou a discussão no Senado Federal sobre a mudança na data da eleição municipal em 2020 por causa da pandemia da Covid-19. Sousa acredita que com a estabilidade da pandemia as eleições poderão ocorrer ainda neste ano, mas não na data prevista pela Constituição Federal, pois, em muitos casos, é preciso de ações presenciais nos municípios já que nem tudo é feito virtualmente. 

"O mandato é de quatro anos, a pessoa tem que cumprir os quatro anos.  Se tiver na descida da curva (da pandemia), com todo o cuidado é possível fazer a eleição, não em outubro porque realmente 'está muito em cima', tem toda uma fase preparatória, que adie ainda para esse ano, até 15 de dezembro como foi dito pelo próprio TSE".

 

Carlienne Carpaso
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