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Adolescente é queimada com ácido durante trote

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Uma jovem de 17 anos sofreu queimaduras de terceiro grau nas pernas e no umbigo após ser atingida por um produto químico que foi jogado por alguns rapazes durante um trote de faculdade, em Adamantina, na região oeste de São Paulo. O caso, registrado na Polícia Civil como lesão corporal, foi na noite desta segunda-feira (2) e será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher.

A tia da vítima, Sueli Aparecida Dias, relatou que aproximadamente às 19h30 a sobrinha estava em frente às Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) com as amigas para participar da primeira aula do curso de pedagogia, curso no qual ingressou. Neste momento, alguns rapazes passaram jogando tinta e o líquido que causou as queimaduras na adolescente.

“Ela não conseguiu ver quem foi, pois havia muito tumulto na porta da faculdade”, disse a tia da jovem.

Ao ser atendida na Santa Casa do município, a jovem foi informada que, possivelmente, o produto jogado era creolina misturada com algum tipo de ácido. Segundo a tia, a garota de 17 anos apresentou nesta terça-feira (3) quadro de febre e queda de pressão.

A adolescente é de Flórida Paulista e ingressou no curso de pedagogia da FAI. “Agora ela está assustada e pensando em desistir da faculdade”, contou Dias. “Vamos esperar passar o carnaval e ver o que faremos”, disse.

A ocorrência foi registrada no plantão policial e encaminhada para a Delegacia da Mulher. A delegada Patrícia Tranche Vasques afirmou ao G1 que as investigações já começaram e que a vítima deve realizar um exame de corpo de delito nesta quarta-feira (4). A ficha clínica da adolescente também será solicitada.

Conforme a delegada, a polícia ainda deve apurar quem são os autores do fato e qual foi o produto jogado contra a vítima. “Com base nos laudos e relatórios será instaurado um inquérito para o caso”, disse Vasques.

Faculdade

Em nota, a FAI informou que lamenta o episódio do trote violento e acrescentou que o fato ocorreu fora das dependências da instituição e presta total solidariedade a eles.

"A direção também torna público que, para o início do semestre, a instituição reforçou a segurança interna em seus câmpus com a contratação de equipes especializadas para coibir trotes violentos ou vexatórios", informa a nota.
Caso seja constatado que os responsáveis pelo ato violento são alunos veteranos, a FAI declarou que "tomará as medidas administrativas cabíveis, de acordo com o seu regimento interno, que podem culminar na expulsão desses indivíduos de seu quadro de discentes".

Fonte: G1

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