Os três advogados presos na operação deflagrada pelo Ministério Público na última quinta-feira (26) em Corrente foram liberados no início da tarde desta segunda-feira (30). Eles estavam detidos no 7º Batalhão da Polícia Militar da cidade localizada 874 quilômetros ao Sul da capital Teresina e são acusados de participar de um esquema que fraudava processos e lesava aposentados em pelo 10 cidades da região. A liberação de ambos foi confirmada pelo promotor Rômulo Cordão.
Liberação dos três advogados foi confirmada pelo promotor Rômulo Cordão
Gustavo do Val Nogueira, Henrique Paranaguá e André Rocha foram ouvidos por Rômulo Cordão das 9h às 13h desta segunda-feira. Depois disso, foram autorizados a deixar o 7º BPM, segundo informou o major Hortêncio Santos, comandante da PM em Corrente.
Gustavo, Henrique e André ficaram presos por cinco dias. De acordo com o promotor Rômulo Cordão, o tempo foi suficiente para intensificar as investigações sobre o esquema fraudulento que atuava em Corrente, Parnaguá, Curimatá, Cristalândia, Sebastião Barros, Riacho Firo, Monte Alegre, Gilbués e Redenção do Gurgueia.
"Eles tiveram a prisão temporária decretada por cinco dias. Essa prisão tinha a finalidade de investigar. Depois de cinco dias, já conseguimos juntar todos os elementos para oferecer denúncia. Eles vão responder em liberdade", explicou o promotor, acrescentando que os advogados são acusados de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.
Advogado confessa participação, mas líder segue foragido
O promotor Rômulo Cordão informou que o advogado Henrique Paranaguá confessou participação no esquema que lesava idosos na região Sul do Piauí. "Um deles, o Henrique, confessou em parte. O restante fez negativa geral. Mas, pelos outros testemunhos, temos dados suficientes para dar entrada em uma ação penal", comentou o representante do Ministério Público.
Ao todo, sete pessoas foram presas em Corrente na última quinta-feita. Além dos três advogados, outros quatro "coiotes", como são conhecidos os responsáveis por cooptar os aposentados lesados no esquema fraudulento, também foram detidos.
O suspeito de comandar a quadrilha, porém, segue foragido. Ele foi identificado como Márcio Gládson da Cunha Nogueira e é um velho conhecido da Polícia. Em outubro do ano passado, uma operação coordenada pela Procuradoria Regional Eleitoral do Piauí apreendeu material de campanha, lista de eleitores e R$ 10 mil em sua casa na cidade de Corrente. A investigação envolvia o candidato a deputado estadual B. Sá. Na oportunidade, Márcio Gládson foi detido e, em seguida, liberado.
Flávio Meireles
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