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Deputado diz que teve carro apedrejado e nega atropelamento

O deputado estadual Antônio Uchôa (PSD) se defendeu das acusações de atingir uma manifestante com seu carro no Centro de Teresina. Professores da rede estadual tentavam fechar a avenida Frei Serafim e uma docente registrou queixa em delegacia denunciando ter sido atropelada pelo parlamentar. Além de negar o atropelamento, Uchôa rebate dizendo que foi perseguido e teve seu carro apedrejado. 

Fotos divulgadas pela assessoria do parlamentar mostram marca da pedra que atingiu seu carro

Uchôa contou que vinha da zona Sul dirigindo seu carro pela rua 24 de Janeiro até chegar nas proximidades do Palácio de Karnak, onde manifestantes usavam pneus para fechar a avenida Frei Serafim. Ele relatou ao Cidadeverde.com ter sido um dos primeiros motoristas a parar e acabou surpreendido com o grito de "É o Uchôa!". "Partiram para cima do meu carro, esmurrando. Tentei sair devagarzinho. De repente, atingiram uma pedra na porta do lado do passageiro e eu realmente fiquei com muito medo", declarou.

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O deputado disse que continuou a tentativa de sair do local e afirma não ter atingido ninguém. O parlamentar recorda ter acertado uma cadeira de plástico no caminho, que estaria sendo usada para bloquear a via. Com o semáforo fechado, ele confessa ainda que passou o sinal vermelho, buzinando, ao perceber que os manifestantes corriam atrás de seu carro. "Pensei que fosse morrer. Ainda hoje estou tremendo. Se o vidro da porta estivesse aberto, eu estaria morto".

Caio Bruno

A professora Germani Maria Torres, 45 anos, lotada na unidade escolar Maria da Conceição, no bairro Renascença II, zona Sudeste de Teresina, contou outra versão e alegou ter sido atropelada pelo carro do deputado. Ela apresentava escoriações na perna e mão direitas. 

Uchôa afirmou que pretendia registrar queixa por dano material e tentativa de homicídio, mas desistiu da ideia. "O prejuízo material não é o que importa, mas uma autoridade ser ameaçada, desrespeitada como eu fui. O movimento dos professores é justo e tem nosso apoio, mas não podemos concordar com a baderna, patrocinada por pessoas descontroladas infiltradas no movimento, que é pacífico. Não é ameaçando, agredindo que essas pessoas vão conseguir seus objetivos", concluiu.

Fábio Lima
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