O detento da Casa de Custódia, Adriano Marques da Silva, 24 anos, foi levado ao Hospital de Urgência de Teresina para ser submetido a uma cirurgia após ter sofrido um atentado dentro da unidade prisional durante o qual foi perfurado.

Ao todo, em 2014, já foram registradas quatro mortes violentas na Custódia e nove em todo o Piauí. O número é maior do que todo o ano passado, quando foram registrados oito óbitos. O caso mais recente de homicídio foi o de Misael Oliveira da Silva, 23 anos, assassinado há uma semana com golpes de barras de ferro retiradas da estrutura do prédio. 

Segundo o diretor administrativo do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Cleiton Holanda, a situação na Casa de Custódia é grave. “Os presos conseguem se articular, se mobilizar (para promover a morte de um detento). Quando há preparada a execução do preso, todos os internos e pavilhões ficam sabendo. Mas a Casa não sabe”, admite. 

A Secretaria de Justiça informou que os crimes são cometidos como uma forma de acerto de conta entre os criminosos por desentendimentos que ocorreram antes das prisões dos mesmos. A pasta explica ainda que realiza triagem e tenta separar os grupos rivais mas admite que é difícil de evitar esse tipo de morte por conta da superlotação da Casa de Custódia, que atualmente estaria com 500 presos além da sua capacidade. 

“Com o aumento da criminalidade na nossa sociedade e a polícia trabalhando e prendendo, os presos vão para o sistema penitenciário, aumentando  a população carcerária e há falta de espaço. Isso cria uma inquietação entre os internos”, declarou Wellington Rodrigues, diretor de presídios da Sejus.

 

Com informações de Indira Gomes (TV Cidade Verde)
Carlos Lustosa Filho
[email protected]