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Maternidade no RJ usa rede para relaxar bebês

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Hábito brasileiro herdado da cultura indígena, o uso de redes de descanso ganhou significado terapêutico para bebês prematuros. Instalado em incubadoras, o acessório ajuda a relaxar os pequenos, contribuindo para o ganho de peso, a melhora do desenvolvimento neuromotor e a recuperação clínica.

Nascidas em 3 de março com 28 semanas de gestação, as gêmeas Helen e Manuelle se beneficiam, há cerca de um mês, desse tipo de terapia complementar. Todos os dias, elas são postas em redes e embaladas pela mãe, a auxiliar de serviços gerais Ana Paula Nunes dos Santos, de 37 anos, na Maternidade municipal Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu. Supervisionada por uma enfermeira, Ana Paula aproveita o momento para estreitar os laços com as filhas e já vê os efeitos da utilização do recurso. Manuelle, que nasceu com 1,030kg e 36 cm, cresceu dez centímetros e está pesando 1,695kg, enquanto Helen, que veio ao mundo com 1,010kg e 36 cm, agora pesa 1,715kg e mede 44 cm.

De acordo com o obstetra João Paulo dos Reis Velloso, coordenador médico da unidade, redes de descanso proporcionam uma posição mais cômoda para os bebês, simulando o acolhimento e o conforto oferecidos pelo útero materno. O uso do acessório é recomendado para bebês que nascem com peso entre um e dois quilos e que não estejam em estado muito grave.

- Os prematuros são os que mais usam as redes, mas elas também são indicadas para apressar o ganho de peso em crianças que já se recuperaram de alguma doença e precisam ficar um tempo na incubadora - explica Velloso.

Por dia, as crianças ficam cerca de uma hora deitadas na rede. O limite de tempo é necessário para que não haja prejuízos à coluna. Segundo a pediatra e neonatologista Nicole Gianini, coordenadora de neonatologia da Secretaria municipal de Saúde (SMS), o recurso ajuda na redução do estresse e na organização corporal dos pequenos, o que se reflete na melhora do equilíbrio e na qualidade do desenvolvimento neuromotor.

Onde encontrar o serviço

No Rio, seis maternidades da SMS dispõem de redes em incubadoras: Fernando Magalhães, em São Cristóvão; Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro; Carmela Dutra, no Méier; Herculano Pinheiro, em Madureira; Alexander Fleming, em Marechal Hermes, e Leila Diniz, na Barra da Tijuca. O recurso também é usado no Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu, e na maternidade do Hospital Pedro II, em Santa Cruz.

As unidades da Secretaria estadual de Saúde que contam com o serviço são o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti; o Hospital da Mãe, em Mesquita; o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo; o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande; o Hospital Melchíades Calazans, em Nilópolis, e o Hospital dos Lagos, em Saquarema.

A Maternidade Mariana Bulhões é a primeira da rede pública a oferecer o serviço.

Fonte: Extra

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