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Ministério da Saúde investiga novos casos de Febre do Nilo no Piauí

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Uma equipe do Ministério da Saúde está no Piauí desde a última segunda-feira (01) investigando novos casos de Febre do Nilo Ocidental (FNO) em animais da zona rural dos municípios de Aroeiras do Itaim e Itainópolis. O trabalho vai até o dia 12 de dezembro. Em agosto deste ano, um morador da região apresentou sintomas compatíveis com a doença, o que levou a suspeita de primeiro caso em humano no Brasil. O vírus foi encontrado em galinhas na região.

Com encefalite, o exame de sorologia no morador, que chegou a perder o movimento das pernas, apresentou resultado positivo para o vírus da FNO. Porém, segundo nota da Secretaria de Saúde do Piauí, em decorrência da possibilidade de reações cruzadas com outros vírus semelhantes, foram necessários exames complementares para a confirmação. Os resultados ainda não foram divulgados.

Além do Ministério da Saúde, equipes da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí, Fundação Municipal de Saúde (FMS), ADAPI e LACEN estão na região. “Foi definido um plano de ação que visa ampliar a investigação e avaliar maiores detalhes do evento, incluindo uma estruturação da rede de Vigilância Epidemiológica prospectiva, com base nos diferentes eixos de atuação”, diz nota da Sesapi.

Além da ocorrência de novos casos, as equipes investigam hospedeiros, possíveis reservatórios e vetores. O vírus da FNO pode infectar humanos, aves, cavalos e outros mamíferos. A FNO é uma doença causada por um vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, assim como o da Dengue e Febre Amarela. O vírus do Nilo Ocidental (VNO) é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex. Os hospedeiros naturais são aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus, pois apresentam viremia elevada e prolongada, atuando como fonte de infecção para os mosquitos. Cavalos e outros mamíferos, assim como o homem, também são suscetíveis à infecção embora não apresentem papel importante na cadeia de transmissão, pois apresentam viremia breve e de baixa intensidade, insuficiente para infectar mosquitos. 

Da Redação
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